terça-feira, 17 de maio de 2011

Oficinas no Cheirinho de Mato: Programa “Que bicho é esse? Que árvore é essa?” ÁRVORE: MULUNGU

O objetivo principal do Programa desenvolvido pelo professor José Bezerra é popularizar espécies da fauna e flora nativas. Divulgar a fauna e a flora nativa é muito importante, já que conhecendo melhor nossas espécies nativas de Sergipe e também algumas da fauna brasileira ameaçadas de extinção, as pessoas terão mais consciência para protegê-las.

ÁRVORE: MULUNGU

NOME POPULAR: SUINÃ, CANIVETE, CORTICEIRA

NOME CIENTÍFICO
Erythrina velutina Willd.

FAMÍLIA
Fabaceae


CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:

ÁRVORE espinhenta, de até 15 m de altura, de copa arredodada.

TRONCO reto a levemente tortuoso, de 40-80 cm de diâmetro, de casca espessa, lisa e levemente áspera.

FOLHAS compostas por 3 folíolos triangulares, de 6-12 cm de comprimento por 5-14 cm de largura, de coloração verde-clara e consistência do papel, revestidas por uma penugem feltrosa, e sustentadas por uma haste de 6-14 cm de comprimento.

FLORES protegidas por um cálice em forma de espata, de 6-10 mm de comprimento por 8-14 mm de largura, dotadas de uma pétala diferenciada, normalmente alaranjada ou vermelho-viva, elíptica e maior, de 3-5 cm de comprimento, e reunidas em número de 3 por cacho, de 12-20 cm de comprimento.

FRUTO curvado e pontiagudo, do tipo vagem sem divisões internas, dotado de 1-3 sementes.

SEMENTE oval, de 12 mm de comprimento, bicolor, de coloração vermelho-escura e vermelho-alaranjada, dotada de um pequeno “umbigo” ao centro, como um feijão.

FLORAÇÃO ocorre entre os meses de agosto e dezembro, quando a árvore fica nua de folhagem. Os frutos amadurecem no período de janeiro-fevereiro.

USO/ÁRVORE em flor é extremamente ornamental, prestando-se magnificamente para a arborização urbana e para o paisagismo em geral. Muito utilizada para sombreamento de cacaueiros.

USO/MADEIRA leve, macia e pouco resistente aos agentes decompositores. Empregada apenas na confecção de tamancos e jangadas, brinquedos e caixotaria.

USO/OUTRAS UTILIDADES Cruas ou cozidas, as flores dessa espécie são comestíveis, além de serem muito visitadas por beija-flores. Quando maceradas, as flores do mulungu produzem uma tinta amarelo-avermelhada, que pode ser usada para tingir panos. As sementes pelo seu belo colorido, prestam-se ao artesanato, à confecção de colares, pulseiras e brincos. Contudo, as sementes têm ação venenosa, mesmo letais, quando em quantidade suficiente. O alcaloide eritrina, contido na casca e na semente do mulungu, tem poderosa ação nos nervos, causando sua paralisia. Quando macerada, a casca tem ação hipnótica e narcótica. Com base na tradição popular, são atribuídas às preparações de sua casca propriedades sudorífica, calmante, emoliente e peitoral, e ao seu fruto seco, ação anestésica local. Na forma de cigarro, o fruto seco serve como anestésico odontológico. A infusão da casca é empregada como sedativo e calmante de tosses e bronquites, bem como no combate a verminoses e no tratamento de hemorroidas. É também curativa nas picadas de lacraia.

OBTENÇÃO DE SEMENTES Colher os frutos da árvore, quando iniciarem a abertura e queda espontâneas, ou recolhê-los diretamente do chão. Levá-los ao sol para completarem o processo de liberação das sementes.

PRODUÇÃO DE MUDAS Colocar as sementes para germinar em recipientes individuais contendo substrato organo-arenoso. Irrigar diariamente. A emergência ocorre em 10-25 dias e a taxa de germinação geralmente é alta. As mudas ficam prontas para o plantio definitivo em menos de 4 meses. O desenvolvimento da planta do campo também é rápido, alcançando 3,5 m de altura em 2 anos. A espécie também se reproduz por estacas. O desenvolvimento das plantas no campo é moderado.












Durante a Oficina foram plantadas mudas de Mulungu e Mamoeiro.

Mamoeiro

Carica papaya

Frutos o ano todo. A planta e os frutos verdes produzem um látex do qual se extrai a papaia, empregada em culinária como amaciantes de carnes e nas indústrias de cervejas, farmácias, queijos, curtumes, etc. Das folha, frutos e sementes, extrai-se um alcalóide - a carpaína - usado como ativador cardíaco. Há mais de 57 espécies conhecidas, mas, no Brasil, são plantados três tipos diferentes: mamão comum, papaia(solo e sunrise-solo) e, mais recentemente, o formosa. O papaia e o formosa são muito bem aceitos no mercado, pelo sabor e pelo preços compensadores. O formosa, maior, resiste melhor ao transporte, tem teor de açúcar mais elevado, facilidade para obtenção de sementes e grande estabilidade genética.

Fonte: Um pé de quê?