sábado, 24 de setembro de 2011

Modelo de Educação Ambiental, Arqui é local de lançamento do Projeto “Reutilize Alegria”, da SEMARH

Referência nacional em educação ambiental, o Arquidiocesano foi o local escolhido para o lançamento oficial da campanha 2011, do projeto “Reutilize Alegria” da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH). O evento ocorreu na unidade Farolândia, onde funciona o projeto Cheirinho de Mato, maior laboratório de educação ambiental ao ar livre do Brasil.


O secretário de Estado, Genival Nunes e as outras autoridades convidadas foram acolhidas, pela coordenadora do Arqui-Farolândia, a psicopedagoga Neuza Pinto e pelo coordenador ambiental José Bezerra, autor e responsável pelo Projeto Cheirinho de Mato.


Um dia de muita alegria para crianças carentes. Assim foi a manhã desta quinta-feira, 22, para os meninos e meninas do Projeto Recriarte. É que diante da realização do “Reutilize Alegria”, projeto desenvolvido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a meninada do bairro Santa Maria não quis outra coisa, senão sorrir, e muito.


Os brinquedos doados pelos Alunos do Colégio Arquidiocesano, unidade Farolândia, foram entregues as crianças do Recriarte pelo secretário de Estado do Meio Ambiente, Genival Nunes, pelo Superintendente de Desenvolvimento Sustentável, Qualidade e Educação Ambiental da Semarh, Lício Valério, pela coordenadora, Neuza Pinto e pelo coordenador ambiental, José Bezerra.



“Não tem coisa mais linda do que ver um sorriso no rosto de uma criança. Esse projeto para mim, pessoalmente, como militante do Meio Ambiente há anos, é fantástico. A ação permite que realizemos dois grandes e relevantes cenários. O primeiro, de contribuir para a diminuição da geração do lixo, minimizando assim danos ambientais; e o outro, que para mim é o mais fascinante, o de podermos passar, transferir a alegria de uma criança para outra criança pela reutilização do mesmo brinquedo. Estamos reciclando alegria”, comemorou Genival Nunes.


“A campanha tem a perspectiva de sensibilizar a população para adoção de novas práticas sustentáveis, a partir da introdução dos 5R’s ambientais: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Pensando no R de “Reutilizar”, aliamos sustentabilidade à solidariedade, daí a idealização da campanha Doe um Brinquedo Novo ou Usado”, explicou Lício Valério.


Para a coordenadora e psicóloga do Arquidiocesano, Neuza Pinto, solidariedade não é só doar o que não quer, é dividir. “Se não passarmos para a criança o sentido da solidariedade, não a transformaremos. Experimentamos esse momento diante da campanha, ocasião que as crianças vivenciaram a importância do doar”.


"Durante as oficinas de educação ambiental no Projeto Cheirinho de Mato incentivo nas crianças e nos jovens hábitos e condutas de consumo ecologicamente certos, tais como, levar sacolas tipo eco bag na hora das compras, não comprar produtos com muita embalagem, evitar impressões de papel desnecessárias, escolher papéis reciclados, comprar bebidas em garrafas recicláveis, usar lâmpadas de baixo consumo e, principalmente, cobrar dos pais essas normas de boa convivência com o planeta. Mudamos os pais através dos filhos", afirma o professor José Bezerra.


A pequenina Rebeca Silva Santos, que abraçava com muito carinho a bola cor de rosa que acabava de ganhar, disse que se sentia muito feliz por receber o seu brinquedo. Não diferente da opinião, o garoto Diógenes André, que levou para casa um jogo de bingo, revelou que estava muito feliz. “Não vejo à hora de chegar em sua casa para brincar com o meu irmão mais novo”, contou. Receba e Diógenes são alunos dos Recriarte, eles tem sete e dez anos de idade respectivamente.


O Recriarte (Reforço Escolar Criativo) é uma instituição oriunda da Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care).


Os meninos e meninas participantes são filhos dos associados do Care e da comunidade local. No total, o Recriarte atende a mais de 100 crianças.


O prazo de entrega dos brinquedos nas instituições parceiras, compostas por órgãos do Estado, empresas e escolas particulares, será até o dia 30 de setembro, data que antecede o Dia das Crianças.


O evento pretende contemplar diversas instituições de crianças carentes do Estado.


A Campanha “Doe Um Brinquedo Novo ou Usado”  está a todo vapor. 




Fonte: SEMARH

Bisfenol A foi debatido na Tribuna Livre da CMA

O oncologista William Eduardo Nogueira Soares ocupou a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta segunda-feira, 3/10, para falar sobre os riscos do bisfenol A, um composto encontrado em alguns produtos de plástico. Dr. Wiliam fez um breve relato histórico sobre os velhos inimigos da humanidade, chegando aos mais novos inimigos da humanidade, como o câncer, a AIDS e o tabagismo dentre outros. Segundo ele, 38% dos casos de câncer estão relacionados ao tabagismo.


Dr. William Eduardo Nogueira Soares
"Dentro dos mais novos inimigos da humanidade está o xenoestrgênio, gerados pelas modernas indústrias químicas e presentes em produtos de uso doméstico, que mesmo em baixas doses, alteram de forma direta a humanidade. Ele imita um hormônio natural destruindo ou modificando a estrutura química de um hormônio natural", disse William.
O Bisfenol A ou BPA é um difenol, utilizado na produção do policarbonato de bisfenol A, o policarbonato mais comum, e de outros plásticos. A susbtância é proibida em países como Canadá, Dinamarca e Costa Rica, bem como em alguns Estados norte-americanos, mas no Brasil era utilizada na produção de garrafas plásticas, mamadeiras e copos para bebês e produtos de plástico variados.


O palestrante Dr.William Soares e participantes do debate na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), o Dr. Talvanes Toledo, o Prof. José Bezerra Neto e o prof. Expedito de Almeida Rocha. 
De acordo com o oncologista, o grande aumento da produção mundial de produtos com a substância bisfenol A, vem colaborando com o aumento das células cancerígenas,  na tireóide,  pênis, testículos, seios, dentre outros. Segundo William, a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu desde o  dia 16 de setembro de 2011,  uso da substância Bisfenol A (BPA) nas mamadeiras importadas ou fabricadas no país. "A decisão é baseada em estudos recentes que apontam riscos decorrentes da exposição ao BPA, mesmo quando ela ocorre num nível menor ao que é considerado seguro. Os fabricantes e importadores terão 90 dias para cumprir a determinação. As mamadeiras fabricadas ou importadas dentro deste mesmo prazo poderão ser vendidas até 31 de dezembro deste ano", disse William. 


O BPA está presente no policarbonato, substância utilizada na fabricação de mamadeiras. Mas aparece também em latas de refrigerantes, embalagens plásticas e em brinquedos. De acordo com a Anvisa, a decisão de proibir o uso da substância na composição desses produtos considerou o fato de o sistema de eliminação do BPA pelo corpo humano não ser tão desenvolvido em crianças de 0 a 12 meses, apesar de não haver resultados conclusivos sobre o seu risco. Estudos indicam que a substância pode ser cancerígena, causar problemas cardíacos e alterações hormonais. O principal substituto do policarbonato em mamadeiras é o polipropileno.



Os vereadores parabenizaram o colega Emerson pela indicação do tema na Tribuna Livre. "Esse é um assunto bem complexo  a ainda desconhecido da maioria da nossa sociedade. Só tenho que agradecer ao colega  Emerson bem como ao Dr. William pela importância desse esclarecimento a toda população. Seria interessente ampliarmos o quanto antes essas  informações a respeito do usos dessas substãncias", disse Emanoel Messias (PRP).

O professor José Bezerra Neto e o Projeto de Educação Ambiental Cheirinho de Mato, do Colégio Arquidiocesano, apóia, aplaude e parabeniza o oncologista William Eduardo Nogueira Soares pela importante iniciativa.  

sábado, 17 de setembro de 2011

ESCOLHAS CERTAS: Educação sustentável

Projeto de escola pública trata o desempenho ambiental como prioridade e incorpora boas soluções de ventilação, sombreamento e acústica


Escolhas acertadas dão a medida exata do caráter da Escola Bairro Luz, que em breve será erguida no centro de São Paulo, ao lado de construções históricas da cidade, muitas delas tombadas. Com um desenho que privilegiou ao máximo o conforto termoacústico, e favoreceu a iluminação natural, a construção de 4 945 m2 tem tudo para se tornar um centro multiplicador de ideias verdes. Ao investir num edifício cujo princípio fundamental é a economia de luz e água e o bem-estar coletivo, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligada à Secretaria Estadual da Educação, espera estimular o conceito de respeito à natureza entre alunos, professores e funcionários. 

Desenho racional: orientação das fachadas, cobertura destacada do forro para reforçar a ventilação natural, sombreamento das faces ensolaradas, adoção de bacias sanitárias de 6 litros, torneiras economizadoras, reaproveitamento da água da chuva, uso de energia solar e lâmpadas fluorescentes dão o tom verde
Por causa do estudo acústico, a quadra poliesportiva interna ganhou laje flutuante, que diminui o impacto das bolas contra o solo e dos alunos correndo. A cobertura de telhas sanduíche absorve parte dos ruídos e melhora a reverberação do som. Painéis de concreto celular, ligeiramente afastados entre si e das paredes, protegem a quadra da chuva sem impedir a brisa de entrar. No topo, lanternim com cobertura de telha de poliéster permite mais luz e ventilação
"Quando são envolvidos, os usuários se tornam mais conscientes e até os atos de vandalismo tendem a diminuir", diz a arquiteta Helena Ayoub Silva, coautora do projeto, feito com a arquiteta Keila Costa. Por causa do traço sustentável amparado em vários estudos técnicos de luz, temperatura e som, a Bairro Luz ostenta o certificado AQUA, da Fundação Vanzolini, nas fases de programa e projeto. Só depois dos resultados desses levantamentos, a dupla de profissionais se lançou ao trabalho. A consequência disso é um volume robusto de linhas rígidas, medidas exatas e visual moderno, pensado para abrigar 27 salas de aula, duas quadras esportivas, biblioteca, refeitório, salas de reforço, sanitários nos três andares e áreas de recreio coberta e ao ar livre. Minimalista ao extremo para materializar a proposta de racionalidade em todas as etapas da obra, o lugar pretende se tornar um bom exemplo de que cidadania também se aprende na escola. "O processo AQUA levou a FDE a repensar o projeto de maneira global, com a possibilidade de avaliar o impacto de cada solução no edifício como um todo", afirma Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia e consultor da entidade. O primeiro passo será a criação de um canteiro de obras que gere o mínimo de ruídos e de resíduos. Há intenção de reaproveitar, inclusive, parte dos galpões existentes no terreno, que serão demolidos. 


Na fachada oeste, a chapa de alumínio teve as aberturas e a distância em relação às janelas estudadas para promover total controle de temperatura (a ser mantida em 24 ºC) e claridade no interior - tanto no inverno quanto no verão. Essa malha metálica abraça toda a construção, exceto nas áreas cegas, e diminui em 60% a incidência de sol direto. Além de reduzir a carga térmica que entra no edifício, dotado com resfriamento natural a partir da ventilação cruzada, a saída garante bonito efeito visual
Para gerar menos lixo, por exemplo, as paredes desses prédios velhos deverão ser quebradas e utilizadas no contrapiso da nova escola. Outro ponto importante está ligado à origem dos materiais usados na construção, cujos endereços não poderão ultrapassar 300 km de distância da obra para minimizar a emissão de gás carbônico na atmosfera. Sobras, por sua vez, serão distribuídas entre as cooperativas de reciclagem dos arredores. Soma-se a esses cuidados a escolha da estrutura de módulos de concreto pré-moldado, capaz de reduzir o consumo de água no canteiro entre 10 e 50%, além de gerar menos desperdício. "As peças vêm prontas e são apenas montadas no local", explica a arquiteta. Depois de erguidas, as paredes receberão acabamento de chapisco e pinceladas de tinta esmalte à base de água, em mais um gesto de educação responsável. 

PROJETO VALORIZA RECURSOS NATURAIS
Luz: a iluminação artificial se mostra desnecessária em áreas próximas das aberturas. Assim, a setorização da elétrica, com o uso de circuitos independentes, irá ligar apenas lâmpadas em pontos mais distantes das janelas nos dias escuros.

Som: uma tática para garantir conforto acústico será intercalar as janelas basculantes localizadas nos corredores internos. Portas de chapa de aço de 2 mm com miolo de lã de vidro e paredes duplas vão isolar a quadra poliesportiva e impedir que o barulho dos jogos incomode os alunos dentro das salas de aula. 

Sol e chuva: o desenho prevê reúso da água da chuva nas bacias sanitárias. Ela será captada na cobertura e escoada por condutores verticais aparentes (nas laterais do prédio) até uma caixa de tratamento. Também no telhado ficará o sistema de captação de energia solar planejado para aquecer a água das torneiras da cantina.

Projeto arquitetônico: Helena Aparecida Ayoub Silva e Keila Costa
Estrutura: CTC Projetos e Consultoria
Projeto de hidráulica e elétrica: Sandretec Engenharia
Estudo acústico, de iluminação e térmico: Livre Arquitetura Administração e Comunicação
Estudo para aproveitamento da água de chuva: Sustentech Desenvolvimento Sustentável
Assessoria para certificação AQUA: Inovatech Engenharia
Equipe de projeto da FDE: Nancy Suzuki, Débora Arcieri, Mirela Geiger de Mello e Avany de Francisco Ferreira

Fonte: Planeta Sustentável