domingo, 24 de abril de 2011

Oficinas no Cheirinho de Mato: Programa “Que bicho é esse? Que árvore é essa?” Umbuzeiro

O objetivo principal do Programa “Que bicho é esse? Que árvore é essa?” desenvolvido pelo professor José Bezerra é popularizar espécies da fauna e flora nativas. Divulgar a fauna e a flora nativa é muito importante, já que conhecendo melhor nossas espécies nativas de Sergipe e também algumas da fauna brasileira ameaçadas de extinção, as pessoas terão mais consciência para protegê-las.















Árvore: Umbuzeiro

umbu, imbu, ombuzeiro, ambu, giqui, imbuzeiro, taperebá

Nome científico: Spondias tuberosa Arruda

Família: Anarcadiaceae

Características morfológicas:

Árvore de 4-7 m de altura, de copa baixa e bastante ramificada.

tronco curto e retorcido, de 40-60 cm de diâmetro e revestido por casca lisa.

folhas compostas por 3-7 folíolos ovais, de consistência fina, e margem inteira ligeiramente ondulada, dispostos sobre uma haste central de 14,4-16,2 cm de comprimento por 10,8-11,3 cm de largura. Cada folíolo mede 5-5,3 cm de comprimento por 2,4 cm de largura.

flores brancas e aromáticas, de aproximadamente 7 mm de diâmetro, com 5 pétalas brancas e 10 estames, 5 deles curtos e 5 longos, de anteras amarelas e filetes brancos, agrupadas em número de 108-202 por cacho, sendo 40% delas hermafroditas e 60% masculinas.

fruto amarelo-esverdeado, sem pelos ou cobertos por uma leve penugem, arredondado, com 2 a 4 cm de diâmetro, de superfície lisa ou dotado de 4-5 pequenas protuberâncias em uma das extremidades. A polpa é branco-esverdeada, mole, suculenta, de sabor agridoce agradável. Em seu interior há um único caroço, onde se encontra a semente.

semente arredondada, envolta por um tecido rígido e lenhoso.

floração acontece quase sempre um pouco antes das primeiras chuvas, quando ainda sem folhas, ou no início das chuvas quando já enfolhada. Como as chuvas na caatinga não iniciam na mesma época, a floração e produção de frutos variam de local para local. De maneira geral os período de floração e maturação dos frutos são, respectivamente, setembro-dezembro e janeiro-fevereiro.

uso/árvore muito cultivada em todos os estados nordestinos para a produção de frutos e para fornecimento de sombra.

uso/madeira leve, mole, fácil de trabalhar, de baixa durabilidade natural. Empregada nas obras internas, em caixotaria e no fabrico de pasta celulósica.

uso/outras utilidades os frutos, comestíveis, são muito consumidos no nordeste ao natural, misturados com leite ou sob forma de doces diversos. As flores servem à apicultura.

obtenção de sementes Colher os frutos diretamente da árvore, assim que iniciarem a queda espontânea. Pode-se semeá-los inteiros, como se fossem sementes. Caso a finalidade seja armazenamento das sementes, deve-se macerar os frutos em peneira e despolpá-los em água corrente, para a retirada da semente, para, em seguida, secá-las à sombra.

produção de mudas Colocar as sementes ou os frutos para germinar tão logo sejam colhidos. A emergência é rápida e já no primeiro ano forma-se uma “batata” na parte superior da raiz principal, que acumula água e amido, o que lhe garante a sobrevivência até as próximas chuvas. O crescimento da planta no campo é considerado lento. Pode-se acelerar o desenvolvimento das plantas, obtendo-se mudas por enxertia, segundo o método de garfagem. Deve-se selecionar da árvore adulta, um ramo jovem de 15 cm, com no mínimo 4 gemas intumescidas, para servir de enxerto; e como porta-enxerto, escolher uma muda, com o mesmo diâmetro do ramo selecionado, e cortá-la a 20 cm do solo. Em seguida, talhar no porta-enxerto uma fenda vertical de 3 cm, e, no enxerto, duas incisões na forma de cunha de 3 cm de comprimento cada. Encaixados enxerto no porta-enxerto, amarrá-los com fita plástica adequada. Em 2 meses pode-se transplantar a muda para o local de plantio definitivo. Assim, a frutificação cai de 10 para 4 anos com este método.

Fonte: Um pé de quê?