sábado, 24 de setembro de 2011

Bisfenol A foi debatido na Tribuna Livre da CMA

O oncologista William Eduardo Nogueira Soares ocupou a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta segunda-feira, 3/10, para falar sobre os riscos do bisfenol A, um composto encontrado em alguns produtos de plástico. Dr. Wiliam fez um breve relato histórico sobre os velhos inimigos da humanidade, chegando aos mais novos inimigos da humanidade, como o câncer, a AIDS e o tabagismo dentre outros. Segundo ele, 38% dos casos de câncer estão relacionados ao tabagismo.


Dr. William Eduardo Nogueira Soares
"Dentro dos mais novos inimigos da humanidade está o xenoestrgênio, gerados pelas modernas indústrias químicas e presentes em produtos de uso doméstico, que mesmo em baixas doses, alteram de forma direta a humanidade. Ele imita um hormônio natural destruindo ou modificando a estrutura química de um hormônio natural", disse William.
O Bisfenol A ou BPA é um difenol, utilizado na produção do policarbonato de bisfenol A, o policarbonato mais comum, e de outros plásticos. A susbtância é proibida em países como Canadá, Dinamarca e Costa Rica, bem como em alguns Estados norte-americanos, mas no Brasil era utilizada na produção de garrafas plásticas, mamadeiras e copos para bebês e produtos de plástico variados.


O palestrante Dr.William Soares e participantes do debate na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), o Dr. Talvanes Toledo, o Prof. José Bezerra Neto e o prof. Expedito de Almeida Rocha. 
De acordo com o oncologista, o grande aumento da produção mundial de produtos com a substância bisfenol A, vem colaborando com o aumento das células cancerígenas,  na tireóide,  pênis, testículos, seios, dentre outros. Segundo William, a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu desde o  dia 16 de setembro de 2011,  uso da substância Bisfenol A (BPA) nas mamadeiras importadas ou fabricadas no país. "A decisão é baseada em estudos recentes que apontam riscos decorrentes da exposição ao BPA, mesmo quando ela ocorre num nível menor ao que é considerado seguro. Os fabricantes e importadores terão 90 dias para cumprir a determinação. As mamadeiras fabricadas ou importadas dentro deste mesmo prazo poderão ser vendidas até 31 de dezembro deste ano", disse William. 


O BPA está presente no policarbonato, substância utilizada na fabricação de mamadeiras. Mas aparece também em latas de refrigerantes, embalagens plásticas e em brinquedos. De acordo com a Anvisa, a decisão de proibir o uso da substância na composição desses produtos considerou o fato de o sistema de eliminação do BPA pelo corpo humano não ser tão desenvolvido em crianças de 0 a 12 meses, apesar de não haver resultados conclusivos sobre o seu risco. Estudos indicam que a substância pode ser cancerígena, causar problemas cardíacos e alterações hormonais. O principal substituto do policarbonato em mamadeiras é o polipropileno.



Os vereadores parabenizaram o colega Emerson pela indicação do tema na Tribuna Livre. "Esse é um assunto bem complexo  a ainda desconhecido da maioria da nossa sociedade. Só tenho que agradecer ao colega  Emerson bem como ao Dr. William pela importância desse esclarecimento a toda população. Seria interessente ampliarmos o quanto antes essas  informações a respeito do usos dessas substãncias", disse Emanoel Messias (PRP).

O professor José Bezerra Neto e o Projeto de Educação Ambiental Cheirinho de Mato, do Colégio Arquidiocesano, apóia, aplaude e parabeniza o oncologista William Eduardo Nogueira Soares pela importante iniciativa.