sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Educação ambiental permitiu solução eficaz para resíduos sólidos no Japão

Especialista da Universidade de Hiroshima, no Japão, em palestra no Senalimp, em São José dos Campos (SP), explicou como a educação ambiental solucionou o problema dos resíduos sólidos no seu país.

Proferindo palestra no Senalimp 2011 – Seminário Nacional de Limpeza Pública, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, o especialista em educação ambiental Atsushi Asakura, da Universidade de Hiroshima, salientou o papel decisivo da educação ambiental. O evento, realizado pela Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), em parceria com a URBAM (Urbanizadora Municipal) de São José dos Campos, termina nesta quinta-feira(15/11).

O tema relativo à Política Nacional de Resíduos Sólidos, incluindo a coleta seletiva do lixo, reciclagem e a logística reversa, destacou-se no evento. Daí a importância da experiência internacional, salientou o presidente da ABLP, Tadayuki Yoshimura.

O convidado do Japão, Atsushi Asakura, explicou que a educação ambiental em seu país começa no Ensino Fundamental e se mantém no Médio. Os alunos participam de diversas atividades para incentivo das boas práticas.

Desde pequenas, são as responsáveis pelas limpezas das escolas, não só a sala de aula, mas também dos corredores e banheiros. Esse método é aplicado para que cresçam com o hábito da limpeza. “Isto é uma tradição no Japão”. As crianças e jovens participam de atividades extracurriculares, comitês de estudos científicos e da sustentabilidade e visitas a fábricas e empresas de incineração, para aprender passo a passo o que é feito com os resíduos.

Todo esse processo desenvolveu-se após o grande salto econômico dos japoneses, que, de modo muito rápido, passaram a consumir mais, gerando crescentes quantidades de resíduos sólidos. “As pessoas começaram a enriquecer e se desfazer de muitas coisas, mas depositavam o que não queriam na rua”. Atualmente, todos os cidadãos japoneses fazem a reciclagem.

Existem lugares e dias determinados para depositar o lixo reciclável. E tudo que não é reutilizado vai para incineradora. “A grande base desse avanço foi a educação ambiental”, concluiu o especialista.
Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública.

Fonte: Oficina de Comunicação