quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Centro de Zoonoses de Aracaju deixa de custodiar animais provisoriamente


Local não obedece a regras do Ministério da Saúde nem do Ibama, diz MP. Centro ficará pelos menos 15 dias sem custodiar animais com zoonoses.

Instalações do CCZ são precárias e não apresentam condições de higiene (Foto: Marina Fontenele/G1 SE)
  O Centro de Controle de Zoonoses de Aracaju (CCZ) vai ficar pelo menos 15 dias sem poder custodiar animais com suspeita de leishmaniose ou outras zoonoses. A decisão é do Ministério Público de Sergipe que disse que o local funciona sem obedecer as portarias do Ministério da Saúde e regulamentos do Conselho Federal de Medicina Veterinária, além das legislações federal e municipal vigentes. O prazo poderá ser prorrogado pela prefeitura da capital.
As promotoras de Justiça da Defesa do Consumidor, Mônica Hardman, e do Meio Ambiente, Adriana Ribeiro, determinaram em audiência na terça-feira (29), que durante essas duas semanas a Vigilância Sanitária, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Núcleo de Serviços do município produzam relatórios sobre o local e apontem soluções.
Segundo Nazaré Moraes, presidente da organização não-governamental Educação e Legislação Animal (ELAN ) o CCZ oferece risco de saúde aos funcionários e é um verdadeiro local de tortura de cães e gatos.

“Aqui os animais veem quando outro bicho vai morrer e isso é feito a poucos metros deles. Isso não pode acontecer porque eles também sofrem. O local onde eles ficam é úmido e as grades estão enferrujadas. O refeitório é a apenas 2,5 metros do canil. É impossível ter condições de trabalho”, relata a ativista.

As promotoras de Justiça da Defesa do Consumidor, Mônica Hardman, e do Meio Ambiente, Adriana Ribeiro, determinaram em audiência na terça-feira (29), que durante essas duas semanas a Vigilância Sanitária, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Núcleo de Serviços do município produzam relatórios sobre o local e apontem soluções.
Segundo Nazaré Moraes, presidente da organização não-governamental Educação e Legislação Animal (ELAN ) o CCZ oferece risco de saúde aos funcionários e é um verdadeiro local de tortura de cães e gatos.
“Aqui os animais veem quando outro bicho vai morrer e isso é feito a poucos metros deles. Isso não pode acontecer porque eles também sofrem. O local onde eles ficam é úmido e as grades estão enferrujadas. O refeitório é a apenas 2,5 metros do canil. É impossível ter condições de trabalho”, relata a ativista.

Nazaré e as últimas duas cadelas que ela vai retirar do CCZ para serem abrigadas em clínicas veterinárias (Foto: Marina Fontenele/G1 SE).
 A sala de animais peçonhentos está inutilizável e a de coleta de material para exames está em condições precárias. "Já vi cães dormirem em cima da comida porque o chão é sempre úmido.  Outros tantos foram arrastados no corredor da morte. 
O método usado na eutanásia também provoca sofrimento e depois de mortos eles serram o corpo e colocam em um tambor para a empresa de coleta jogar no lixão", afirma Nazaré Moraes.A nova coordenadora do CCZ, Roseane Nunes, disse que reconhece a necessidade de adequação das normas. “A mudança deverá ser feita o quanto antes. Até lá, vamos continuar trabalhando no diagnóstico de zoonoses. Vamos fazer os exames, mas o animal vai voltar com o dono para casa mediante a assinatura de termo de compromisso. Em casos onde a zoonose for confirmada a pessoa poderá procurar tratamento ou optar pela eutanásia, ambos em clínica particular”, explica Roseane.

Etapas do processo de eutanásia no Centro de Zoonoses de Aracaju (Foto: Marina Fontenele/G1 SE)
De acordo com Nazaré, o tratamento da leishmaniose durante nove meses em uma clínica veterinária particular custa cerca de R$ 400. Os dez cães que estavam no CCZ foram encaminhados para tratamento em clínicas parceiras da ONG ELAN.



Fonte: Marina Fontenele,  G1.globo.com\ SE.