sexta-feira, 31 de agosto de 2012

15 dicas para um consumo mais sustentável

Você já parou para pensar sobre os impactos ambientais que o seu padrão de consumo causa? As compras que fazemos – seja na feira, no supermercado ou no shopping center –, a maneira como produzimos nosso lixo, como usamos nossos eletrodomésticos, como consumimos água e energia ou até mesmo carne e produtos de madeira deixa marcas degradantes no meio ambiente. Atualmente, consumimos 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Por isso, uma mudança de atitude é mais do que necessária e é bem mais simples do que você pode imaginar. Confira abaixo algumas dicas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) para poupar o meio ambiente com pequenas alterações em nossos hábitos.


Questione e avalie os seus hábitos de consumo antes de decidir pela compra de qualquer produto e procure consumir apenas o necessário.

Informe-se sobre a origem e o destino de tudo que você consome. Optar por produtos feitos com métodos sustentáveis ajuda a cadeia produtiva a ser mais responsável e minimiza os impactos no meio ambiente.

Antes de comprar um novo equipamento, verifique a etiqueta e escolha aquele que consome menos energia.

Evite luzes ou equipamentos ligados quando não for necessário. Os aparelho em stand-by continuam consumindo energia.

Cobre das empresas de eletroeletrônicos uma política de coleta, reciclagem e fabricação de produtos com baixo consumo de energia.


Reduza o tempo do banho. Você poupa água e ajuda a diminuir o consumo de energia. E não deixe de revisar suas torneiras! Uma torneira pingando a cada 5 segundos representa, em um dia, 20 litros de água desperdiçada.

Solicite produtos orgânicos com certificação de origem de qualidade de gestão ambiental aos supermercados e fornecedores de materiais de limpeza.

Substitua a lâmpadas incandescentes por lâmpadas econômicas. Elas geram a mesma luminosidade, duram mais e poupam 80% de energia.

Ligue a máquina de lavar roupa apenas com a carga cheia. Você poupa água, energia, sabão e tempo.

Utilize sacolas de pano ou caixas de papelão em vez de recorrer às sacolinhas plásticas.

Ao comprar móveis, prefira madeira certificada. Assim você evita o desmatamento da Amazônia.

 

Sempre que possível, reutilize produtos e embalagens.Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar. E, mesmo que não seja feita a coleta seletiva em seu bairro, separe o lixo reutilizável do orgânico e encaminhe para a reciclagem. Reciclar é uma maneira de contribuir para a economia dos recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.

Diminua o uso de produtos de higiene e limpeza. Assim você reduz o nível de poluentes presentes na água e no tratamento do esgoto.

Incentive a carona solidária e organize caronas com familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho.

Faça as contas: ir a pé, usar bicicleta, transporte coletivo ou táxi é mais barato e polui menos do que comprar um automóvel. Mas, se a compra de um carro for inevitável, consulte a Nota Verde do Proconve no site www.ibama.gov.br e a etiqueta de eficiência energética para escolher o modelo menos poluente. E não esqueça de manter em dia a manutenção do seu veículo. Faça inspeção veicular, não retire o catalisador, devolva a bateria e os pneus usados ao revendedor na hora da troca. Os pontos de venda são obrigados a aceitar e reciclar esses produtos.


Fonte: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) 


domingo, 19 de agosto de 2012

Oficinas no Cheirinho de Mato: Você sabe o que é preciclar?

Óleo de cozinha 
Precicle !

Você sabe o que é preciclar?

É muito simples!
É pensar antes de comprar.
40% do que nós compramos é lixo.

São embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada, que vão direto para o lixo aumentar os nossos restos imortais no planeta.

Poderia ser diferente?
Tudo sempre pode ser melhor.

Pense no resíduo da sua compra antes de comprar. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins.

Estes são os 3 R's:
Reduzir, Reutilizar e Reciclar

Reduzir o desperdício,
Reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora, e
Reciclar, ou melhor: separar para a reciclagem, pois, na verdade, o indivíduo não recicla (a não ser os artesãos de papel reciclado).

O termo reciclagem, tecnicamente falando, não corresponde ao uso que fazemos dessa palavra pois reciclar é transformar algo usado, em algo igual, só que novo.

Por exemplo, uma lata de alumínio, pós-consumo, é transformada, através de processo industrial, em uma lata nova.

Quando transformamos uma coisa em outra coisa, isso é reutilização.
O que nós, como indivíduos, podemos fazer, é praticar os dois primeiros R's: reduzir e reutilizar.

Quanto à reciclagem, o que nós devemos fazer é separar o lixo que produzimos e pesquisar as alternativas de destinação, ecologicamente corretas, mais próximas.

Pode ser uma cooperativa de catadores ou até uma instituição filantrópica que receba material reciclável para acumular e comercializar.

O importante é pensarmos sobre os 3 R's procurando evitar o desperdício, reutilizar sempre que possível e, antes de mais nada,


Pilhas, baterias e material eletrônico 
preciclar!

Ou seja: Pensar antes de comprar.
Pensar no resíduo que será gerado.

Evite embalagens plásticas: elas poderão ser transformadas em produtos plásticos reciclados. O vidro é totalmente reciclável e muito mais útil em termos de reutilização da embalagem.

Preciclar é pensar que a história das coisas não acaba quando as jogamos no lixo. Tampouco acaba a nossa responsabilidade!
  
Fonte: Lixo, Pólita Gonçalves

sábado, 18 de agosto de 2012

Entrevista com Sueli Furlan sobre Educação Ambiental nas escolas

Para a especialista, os gestores precisam experimentar iniciativas, mesmo que pontuais, em busca de uma escola sustentável

Aquecimento global, tsunamis, créditos de carbono. Essas expressões, que hoje estão presentes no cotidiano das pessoas, eram desconhecidas do público no final da década de 1990, época em que os Parâmetros Curriculares Nacionais foram publicados. Segundo a professora da Faculdade de Geografia da Universidade de São Paulo, Sueli Furlan, o volume do PCNs que aborda o tema transversal meio ambiente já trazia os embriões dessas questões ambientais que, no século 21, ganharam escalas mundiais. Nesta entrevista, ela fala dos novos temas que devem ser abordados em sala de aula e da importância dos gestores assumirem o desafio de transformar suas instituições em escolas sustentáveis.


Que novas questões surgiram sobre o tema transversal meio ambiente desde a publicação dos PCNs?
Sueli Furlan As questões ambientais ganharam uma nova roupagem nesta década. Em 1997, quando foram publicados, os PCNs levaram os professores a pensar nos conteúdos de meio ambiente de modo a construir uma postura cidadã e formar um sujeito mais comprometido com seu espaço, com a sua vida, com seus limites dentro do planeta. Isso era bastante inovador para a época.

Anos depois, o debate sobre meio ambiente ganhou outro volume, tanto do ponto de vista temático - passando a incluir questões como o aquecimento global em escala planetária - quanto em escala nacional. Após os PCNs, foram criadas leis voltadas para a temática ambiental, como a que estabelece o Sistema Nacional de Áreas Protegidas e a lei do Estatuto da Cidade - um documento importante que organiza o ambiente urbano. Dentro das novas legislações, encontramos princípios focados no controle ambiental e fica fácil perceber que a sociedade passou lidar com as questões ambientais de uma maneira diferente.

Na sua avaliação, atualmente o tema meio ambiente está mais presente nas escolas?
Sueli Furlan A questão ambiental surgiu na sociedade, e não na escola, e foi escolarizada depois. Contudo, não podemos afirmar que o tema esteja suficientemente enraizado na escola, temos ainda muita coisa pra fazer.
 Uma das limitações que existe refere-se ao ponto de vista metodológico. As pessoas sabem muito sobre o tema meio ambiente, mas não sabem atuar para resolver os problemas. Há uma grande diferença entre falar sobre o tema e fazer Educação Ambiental. Em geral, a mídia e os professores já falam bastante sobre questões ambientais, mas precisam avançar em direção à Educação Ambiental, que envolve mudança de valores e atitudes dos adultos e ensino desses novos valores e atitudes para as crianças na escola.


Como é possível fazer isso em sala de aula?
Sueli Furlan Para avançar em direção à Educação Ambiental é importante definir o âmbito de atuação dos professores e saber com clareza até onde, de fato, a escola pode agir. Tomando como exemplo a questão do lixo - tema muito presente nas escolas - é comum ver projetos que acabam frustrando os alunos por mostrarem a eles uma realidade em que não conseguem interferir. Eles começam com a compreensão de um processo e o entendimento do que é o resíduo. Em seguida, estudam como fazer a coleta, como separar o lixo, como ele é constituído, o que é um aterro sanitário, o que é um sistema integrado de tratamento. Quando vão colocar em prática o que aprenderam, notam que a cidade não tem sistema reciclagem porque o poder público não tem uma política para a área. Ou seja, a escola ensina de um jeito, o aluno vê que lá fora a realidade é outra e acaba achando que o que ele aprendeu não serve.

Por isso, é preciso saber a limitação que se tem e deixá-la clara aos alunos. Eles podem compreender a dimensão do problema. Podem, sim, ser pessoas menos perdulárias com o desperdício de recursos. Mas precisam também, num caso como este que eu exemplifiquei, aprender como o cidadão deve agir, caso não haja políticas públicas efetivas voltadas para a resolução de questões ambientais. Mobilizar um grupo para pressionar a prefeitura, participar de movimentos, ONGs, são alguns exemplos de outros níveis de ação, que não vão necessariamente tratar o lixo em si, mas levam a compreender melhor a complexidade real do problema e como agir de maneira mais articulada.


Qual é o papel do gestor escolar nesses projetos?
Sueli Furlan Hoje, seria muito interessante que os gestores escolares assumissem o compromisso de transformar a escola em exemplo de sustentabilidade, com uso responsável de recursos, no consumo de energias, na manutenção dos equipamentos, na utilização dos materiais, com a qualidade de vida e do ambiente na escola. O que se deseja idealmente é que as pessoas possam perceber-se no mundo e possam lidar com as questões ambientais a ponto de querer transformar o seu próprio modo de viver e seu modo de interagir com os recursos existentes. E a escola deveria ser um lugar privilegiado para que essa percepção acontecesse.


Que iniciativas simples poderiam tornar a escola mais responsável do ponto de vista ambiental?
Sueli Furlan A escola muitas vezes trabalha com questões macro para discutir grandes problemas ambientais, e não consegue ir além do que a mídia já faz: informar sobre o problema. É necessário, então, pensar em pequenas atitudes concretas. Um exemplo está na quantidade de mobiliário quebrado que a gente vê nas escolas e ninguém toma uma providência. Aquilo é recurso natural que está lá. Quase toda escola tem um lugar onde são guardados esses móveis. As pessoas até fazem projetos e identificam isso como um problema, mas não percebem que resolvê-lo é muito importante. A mesma coisa acontece com o desperdício de água e energia, que podem ser projetos de solução de um probleminha muito micro, muito pontual, mas na temática do meio ambiente, o pontual é sempre parte de uma totalidade. Cada um com o seu trabalho pontual é capaz de promover uma grande mudança.
Fonte: Paula Takada, Nova Escola.

E como é no Projeto Cheirinho de Mato?

Nas oficinas de reciclagem, com o professor José Bezerra, os estudantes conhecem mais sobre a geração, coleta e destino dos resíduos sólidos e realizam a coleta seletiva de óleo de cozinha, pilhas e baterias, material eletrônico, papel, plástico, metal e vidro, produzidos na escola ou na residência dos alunos.

Em novembro de 2011 o Colégio Arquidiocesano, através do Projeto Cheirinho de Mato, promoveu a Mostra de Ciências com o tema “Sustentabilidade”, tratou de temas como: alternativas energéticas, resíduos sólidos, reciclagem, compostagem, biodigestor, combate ao tráfico de animais silvestres, entre outros assuntos relacionados ao tema. Foram arrecadadas duas toneladas de material para a reciclagem (papel, metal, vidro, plástico, material eletrônico ou digital, óleo de cozinha, pilhas e baterias), além de alimentos, doados a CARE, ração para cães e gatos doados à ASPA, roupas e brinquedos doados à creche Santa Terezinha.




domingo, 5 de agosto de 2012

Oficinas no Cheirinho de Mato: Programa Reduza, Reuse e Recicle

Comece a observar tudo o que acontece ao seu redor: você vai ver que nem sempre o que é considerado 'lixo' por uma pessoa é também inútil a outra. 


Em Aracaju, como em outros grandes centros urbanos, a maior parte do que é jogado no lixo poderia ser reaproveitada. Dados estatísticos indicam que cada pessoa pode chegar a produzir até mais de 1 kg de lixo por dia e que 95% da massa total dos resíduos urbanos têm um potencial significativo de aproveitamento, o que nos leva à conclusão de que apenas 5% do lixo urbano é, realmente, lixo.


Com o programa REDUZA, REUSE e RECICLE, você também pode diminuir o volume de lixo em sua casa, na sua rua e no seu trabalho. Esta é a proposta do Projeto Cheirinho de Mato, do Colégio Arquidiocesano, idealizado e coordenado pelo Prof. José Bezerra, que há 6 anos vem ensinando crianças a partir de três anos de idade a separar os resíduos, tais como papel, plástico, vidro e metal, para que possam ser reaproveitados na escola.


Para tanto, velhos monitores de computador podem virar lixeiras de coleta seletiva, ninho para galinhas, vaso para plantas, caixa de transporte de animais ou, ainda, casinhas para coelhos, gatos ou cachorros; capacetes quebrados, botas velhas e furadas podem virar jarros de plantas, assim como pneus velhos e vasilhames de água mineral quebrados. Além disso, garrafas PET podem se transformar em jardineiras e lâmpadas incandescentes em mini-jardins.


Enfim, para o educador ambiental Bezerra, nada é lixo, tudo pode ser reaproveitado, basta ter imaginação. "Durante as oficinas de educação ambiental, nós incentivamos nas crianças hábitos e condutas de consumo ecologicamente corretos, tais como, levar sacolas tipo eco bag na hora das compras, não comprar produtos com muita embalagem, evitar impressões de papel desnecessárias, escolher papéis reciclados, comprar bebidas em garrafas recicláveis, usar lâmpadas de baixo consumo e, principalmente, cobrar dos pais essas normas de boa convivência com o planeta. Mudamos os pais através dos filhos", afirma o educador ambiental.


No projeto, os alunos são conscientizados acerca dos problemas que envolvem o meio ambiente e aprendem, durante as oficinas, a economizar água, energia, fazer coleta seletiva do lixo, plantar árvores, respeitar os seres vivos, denunciar as empresas que poluem o meio ambiente, além de cobrar dos governantes o cumprimento das leis que protegem a natureza.


Tudo isso ajuda a promover uma mudança de comportamento, ao fazer com que o aluno perceba a sua integração com o meio ambiente e a responsabilidade que possui na sua conservação. 


Por ser a reciclagem de vital importância para a natureza, é preciso aprender a reciclar os resíduos, a respeitar o meio ambiente e a preservar a nossa biodiversidade, pois cuidar do meio-ambiente é tarefa de todos.


REDUZA (Reduzir) – Diminuir o consumo para reduzir a quantidade de resíduos produzidos;


REUSE (Reutilizar) – Fazer uso dos produtos até o limite máximo de sua vida útil, reutilizar o que puder – embalagens, por exemplo – consertar em vez de descartar e doar o que já não for mais útil para você;


RECICLE (Reciclar) - Separando restos de comida e resíduos molhados das embalagens de plástico, metal e papel que podem ser reutilizadas novamente;