domingo, 22 de julho de 2012

Oficinas no Cheirinho de Mato:Coleta Seletiva(Campanha ensina como separar o lixo corretamente)

Lançada pelo MMA, a campanha “Separe o lixo e acerte na lata” dá dicas sobre a separação do lixo seco e úmido e mostra à população, de forma supersimples, os benefícios da coleta seletiva para o planeta. A ação conta com vídeos que serão exibidos nos canais da TV aberta. Assista!



Muitos ainda têm dúvidas na hora de fazer a separação do lixo úmido e seco e, para esclarecer todas elas, o MMA – Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, lançou nesta segunda-feira, 20 de maio, a campanha Separe o lixo e acerte na lata


A ideia é mostrar, a partir de uma linguagem simples e didática, como deve ser feita a separação do lixo nas residências e, ainda, revelar os benefícios da coleta seletiva – e, consequentemente, do reaproveitamento dos materiais descartados – para o planeta, a fim de convencer cada vez mais pessoas a aderir à prática. 

Para isso, a campanha conta com três filmes de 30 segundos para TV, além de anúncios para revistas, spot para rádio e banners de internet, que em sua primeira fase focam em quatro resíduos muito comuns nas lixeiras de todos os brasileiros: cascas de banana, embalagens longa vida, garrafas PET e latinhas de alumínio. 

Você sabia, por exemplo que, depois de recicladas, as PETs podem ser usadas na confecção de tecidos, vassouras, madeira sintética e até casco de barco? Já a embalagem longa vida pode ser útil na fabricação de telhas e papel. No entanto, as peças publicitárias mostram que a reciclagem desses materiais se torna muito mais fácil se eles já são separados e limpos nas próprias residências. O que custa ajudar? 

Assista, abaixo, aos três vídeos da campanha Separe o lixo e acerte na lata, que começarão a ser exibidos ainda hoje nos canais da TV aberta, e se inspire para começar a realizar a coleta seletiva, de forma certa, na sua casa!




Fonte:Planeta Sustentável



terça-feira, 17 de julho de 2012

Conheça o Projeto Cheirinho de Mato

Acompanhe as turmas do Arquidiocesano Farolândia participando das Oficinas com o professor José Bezerra no laboratório do projeto, de sua autoria, que é referência em educação ambiental no país.

domingo, 15 de julho de 2012

“Educar para a sustentabilidade”


*Artigo de MARIA ALICE SETUBAL para a Folha de São Paulo.
Como esperar que os nossos filhos sejam abertos à diversidade, se em casa somos intolerantes?
Minha mãe costumava dizer que os “filhos são nossa obra-prima”. Já meu pai, mais pragmático, falava sempre que “difícil, na vida, é educar os filhos; a gente dá um jeito no resto”. Como fazer da difícil tarefa de educar os filhos uma obra-prima?
A globalização, o acesso às informações em tempo real e a velocidade das mudanças nos deixam atônitos e paralisados, sem respostas assertivas para orientar nossa conduta em relação aos filhos.
O padrão de sociedade que construímos está na raiz de questões com as quais nós, pais e educadores, nos deparamos. Uma sociedade na qual as relações são baseadas em consumo e aparências, afetando o respeito ao outro na sua diferença e a vida do planeta como um todo.
Em uma sociedade em que o consumo é o eixo em torno do qual se desenvolvem toda a economia e os valores, o “ter” se sobrepõe ao “ser” de forma avassaladora. É difícil trilhar um caminho inverso.
Somos valorizados pelo que aparentamos ou temos, o que torna vazias as formas de interação social.
Sem nos darmos conta, principalmente nas grandes cidades, acabamos não tendo tempo para conhecer as pessoas, nem mesmo aquelas à nossa volta. Não sabemos mais como cultivar a convivência jogando conversa fora ou buscando uma reflexão que nos tire do lugar-comum, do superficial pasteurizado da comunicação de massas e das mídias sociais.
Na semana passada, em entrevista a uma revista semanal, a escritora americana Rosalind Wiseman, especialista em “bullying”, destacou a dificuldade dos pais em impor limites aos filhos. Ela afirma que, muitas vezes, os pais se colocam como cúmplices dos filhos, não só defendendo-os de forma incondicional, como também dando o mau exemplo em casa.
Como esperar que crianças e jovens sejam solidários e abertos à diversidade cultural e social, se em casa somos intolerantes, preconceituosos e autoritários? Como construir relações sociais mais consistentes e verdadeiras, se incentivamos de forma exagerada nossos filhos a usarem grifes e, sobretudo, valorizamos amizades relacionadas a prestígio e poder?
Vivemos um momento de transição para um paradigma em que a sustentabilidade deve ser o eixo da nova sociedade. E precisamos educar nossos filhos orientados por essa concepção, pois esse será o mundo em que eles irão viver. Um mundo onde a interdependência entre o ser humano e seu entorno, assim como a inter-relação entre o local, o regional e o global são premissas básicas.
Somos cidadãos planetários e por isso o “cuidado”, ao lado do diálogo, da diversidade cultural e da cooperação, passa a ser um valor fundamental em todos os setores: economia, cultura e educação. Precisamos aprender a cuidar de nós mesmos, do outro e do ambiente em que vivemos. A globalização e as novas tecnologias nos conectaram uns aos outros e abriram novas formas de ser, pensar, sentir e agir.
Consumo responsável, alimentação saudável, respeito às diversidades, saber ouvir e participar da vida social e política, criatividade e inovação poderão ser os novos pilares da sociedade contemporânea-e o Brasil tem todas as condições para trilhar esse caminho.

Resta saber se teremos a maturidade e as condições para a construção e a afirmação de novos valores. Papel esse que é de toda a sociedade, mas, sobretudo, é responsabilidade dos pais.

Pesquisas e a experiência de instituições e profissionais que trabalham com jovens mostram que, para eles, a família é a instituição de maior valor, o seu porto seguro. Sobretudo para jovens de baixa renda, a mãe é a grande referência em suas vidas.

Portanto, faço aqui um convite para refletirmos sobre que educação queremos dar aos nossos filhos, para que vivam a contemporaneidade que o século 21 nos impõe.

*Artigo escrito para a Folha de São Paulo por MARIA ALICE SETUBAL. Neca Setubal é doutora em psicologia da educação (PUC-SP) e presidente dos Conselhos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, da Fundação Tide Setubal e do Instituto Democracia e Sustentabilidade.



sábado, 14 de julho de 2012

Sustentabilidade: O passaporte verde

Viajar nas férias é bom. Mas se, além de se divertir e conhecer novos lugares, pessoas e culturas, você souber não deixar grandes pegadas ecológicas no destino onde escolheu ir, melhor ainda. Pensando nisso, esta semana o governo federal lançou uma campanha de incentivo ao turismo sustentável. Junto com ela, publicou o guia prático Passaporte Verde, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que já havia elaborado algo semelhante na França.


Trata-se de uma iniciativa global do Pnuma com o objetivo de estabelecer novas e preciosas regras de responsabilidade socioambiental para que turistas do mundo inteiro saibam usufruir sem destruir. Algumas regras simples do Passaporte Verde para os viajantes:

- Ligar o ar condicionado com portas e janelas fechadas. Ventiladores apenas quando necessário;

- Apagar as luzes e desligar os equipamentos do ambiente ao sair;
- Recolher todo o lixo produzido e separar materiais recicláveis de restos orgânicos;
- Na praia, utilizar protetor solar resistente à água para não poluir o mar e prejudicar a fauna marinha;
- Não retirar plantas, nem levar lembrancinhas da paisagem natural para casa;
- Não comprar animais silvestres em hipótese alguma;
- Ajudar na educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade de disseminar essa atitude responsável.
No guia há dicas também para proprietários de hotéis e pousadas, como diminuir o impacto ambiental respeitando o ambiente natural na hora de fazer novos projetos de construção e reduzir o consumo de energia elétrica e de água treinando funcionários para que economizem no uso desses recursos.
Particularmente acho um exagero trocar toalhas diariamente em hotéis, como é hábito corriqueiro na maioria deles. Ninguém faz isso em casa, então porque fazer fora dela?
Clique aqui para acessar todo o conteúdo do Passaporte Verde. E faça uma viagem do bem, para você e para o lugar que visitar.

Leia também


Fonte: Afonso Capelas Jr, Planeta Sustentável


sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Projeto de Educação Ambiental Cheirinho de Mato em 2012

Depoimento do autor de livros de biologia Prof. Dr.Fernando Santiago dos Santos sobre o prof. José Bezerra e o Projeto Cheirinho de Mato.

Em campanha de divulgação da obra didática de que participo como um dos autores e coordenadores, "Ser Protagonista - Biologia", das Edições SM Ltda., acabei conhecendo uma pessoa fantástica que desenvolve um projeto igualmente maravilhoso no Colégio Arquidiocesano de Aracaju: o professor Bezerra. 
Inicialmente, pensei apenas em conhecer o projeto, que já havia sido comentado (com láureas e tudo o mais!) no Colégio, mas depois de conversar alguns minutos com o Bezerra, senti que valia a pena fazer um documentário. Decisão acertada. Em poucos minutos, o Bezerra, com sua inspiração, audácia, bondade e ousadia, mostrou-me como é arregaçar as mangas, colocar a mão na massa (literalmente!!!) e praticar a educação ambiental.
O resultado não poderia ter sido outro: um documentário espontâneo, mostrando boa parte das atividades desenvolvidas no projeto "Cheirinho de Mato" e uma sensação agradabilíssima de que já o conhecia há muito tempo. A empatia foi automática e recíproca.
Já mostrei o vídeo e falei do projeto (e do Bezerra, claro) para muita gente aqui no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, no campus São Roque, onde trabalho atualmente. Meus alunos de Licenciatura em Biologia simplesmente se encantaram com a ideia.
Agradeço profundamente a oportunidade de conhecer o projeto e saber que há tanta gente, por esse mundo afora, propagando (e fazendo) os ideais da Educação Ambiental.




Depoimento dos Professores Adriano e Helena Bonaparte do Curso FIQ sobre o Projeto Cheirinho de Mato e o ENEM.

“Enquanto os outros vão ler questões do ENEM, os seus vivenciam, experimentam, aprendem. Reciclagem, sustentabilidade, problemas ambientais ... tão cobrados no ENEM , fazem parte do cotidiano de quem tem O CHEIRINHO DO MATO. Lindo seu trabalho Bezerra. Parabéns sempre!” 



O Projeto de Educação Ambiental Cheirinho de Mato em 2012


Acreditando no poder das pequenas mudanças gerarem grandes resultados, o projeto Cheirinho de Mato durante o “Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos”, continuará desenvolvendo a Coleta Seletiva, a Campanha de Economia de Água, a Campanha de Economia de Energia, a Campanha de Incentivo ao Uso de Eco bag, Canecas e ou Garrafas (squeeze), tudo com o intuito de cultivar nos seus alunos, professores e colaboradores novos hábitos voltados para a preservação e uso adequado dos recursos naturais.


Além de desenvolver os Programas:

1- “Sustentabilidade na Prática”
O programa consiste em desenvolver práticas sustentáveis que podem e devem ser incorporadas ao nosso dia a dia.

2- “Que bicho é esse? Que árvore é essa?”
A maneira como nos relacionamos com o meio ambiente define a nossa qualidade de vida. Pensando nisso o Projeto Cheirinho de Mato implantou o Programa Que Bicho é esse?  Que Árvore é essa? que tem como objetivo principal popularizar espécies da fauna e flora nativa. Esses animais e árvores, na sua maioria, são pouco conhecidos e os livros didáticos, via de regra, não têm o hábito de divulgá-los, dando preferência a girafa, elefante, tigres ou leões que são animais de outros países. Divulgar a fauna e flora nativa é muito importante, já que conhecendo melhor nossas espécies nativas as pessoas terão mais consciência para protegê-las. 
  
3- “Reduza, Reuse e Recicle”
Velhos monitores de computador podem virar lixeiras de coleta seletiva, ninho para galinhas, vaso para plantas, caixa de transporte de animais ou, ainda, casinhas para coelhos, gatos ou cachorros; capacetes quebrados, botas velhas e furadas podem virar jarros de plantas, assim como pneus velhos e vasilhames de água mineral quebrados. Além disso, garrafas PET podem se transformar em jardineiras e lâmpadas incandescentes em mini-jardins.
Enfim, para o educador ambiental Bezerra, nada é lixo, tudo pode ser reaproveitado, basta ter imaginação.

"Durante as oficinas de educação ambiental, nós incentivamos nas crianças hábitos e condutas de consumo ecologicamente corretos, tais como, levar sacolas tipo eco bag na hora das compras, não comprar produtos com muita embalagem, evitar impressões de papel desnecessárias, escolher papéis reciclados, comprar bebidas em garrafas recicláveis, usar lâmpadas de baixo consumo e, principalmente, cobrar dos pais essas normas de boa convivência com o planeta. Mudamos os pais através dos filhos". Prof. José Bezerra

4- “Nossos Biomas”
O programa destaca a importância da preservação das florestas do Brasil, promovendo o conhecimento e a conscientização de que os “Nossos Biomas” Tais como: caatinga, cerrado, campos, floresta amazônica, pantanal, manguezais, praias, são um bem finito e temos que ter cuidar do que ainda nos resta.

5- “Cuidar de animais é responsabilidade de todos! Denuncie maus-tratos contra os animais!”.
Tendo ou não um animal de estimação, existem atitudes diárias que você pode tomar para garantir o bem-estar deles. O Programa conscientiza e ensina como melhorar o bem-estar dos animais.

O Tráfico de animais silvestres e a caça ilegal; Dos animais silvestres comercializados no Brasil, estima-se que 30% sejam exportados. O principal fluxo de comércio ilegal nacional dirige-se da região Nordeste para a região Sudeste, precisamente o eixo Rio - São Paulo. Grande parte da fauna silvestre é contrabandeada diretamente para países vizinhos, através das fronteiras fluviais e secas. Destes países fronteiriços seguem para países do primeiro mundo. Em todo negócio clandestino, é difícil estabelecer cifras precisas, mas sabe-se que o tráfico internacional de animais silvestres só perde, em faturamento, para o de drogas e de armas.
  
6- “Adote Uma Árvore Nativa”
Sabemos que a nossa cidade, apesar de ser conhecida como a “capital da qualidade de vida”, não é uma cidade arborizada. Por esse motivo, no Projeto Cheirinho de Mato, estamos desenvolvendo com nossos alunos a campanha Adote Uma Árvore Nativa, que tem como objetivo convidar os nossos alunos, seus familiares e amigos a plantar e cuidar de uma árvore nativa em Aracaju.


“praticar ações que levam a sustentabilidade através das doações de alimentos, de ração, de roupas, de brinquedos, de materiais recicláveis como papel, plástico, metal, vidro, material eletrônico, óleo de cozinha, pilhas e baterias. Além da economia de água e energia. São atitudes transformadoras que promovem conscientização e mudança de hábitos no cotidiano dos alunos e seus familiares. Soluções simples para fomentar a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente.” Prof. José Bezerra Neto

A Mostra de Ciências que acontecerá em outubro no Arquidiocesano Unidade Farolândia, terá como tema principal “Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos”.

Dados da Rede de Conhecimento ONU-Energia apontam que, atualmente, mais de 1,4 bilhão de pessoas de todo o mundo não possuem acesso à eletricidade e cerca de um bilhão tem acesso intermitente, ou seja, não contínuo, o que acarreta em problemas de saúde, déficit educacional, destruição ambiental e, até mesmo, atraso econômico.

Para chamar a atenção da população mundial para este problema e, assim, fomentar ações que possam ajudar a mudar essa realidade, a ONU – Organização das Nações Unidas proclamou que 2012 será o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos.

O anúncio faz parte de uma iniciativa maior – também batizada de Energia Sustentável para Todos (Sustainable Energy for All, em inglês) –, comandada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que até o ano de 2030 pretende alcançar três grandes objetivos. São eles:
– assegurar que todos tenham acesso a serviços modernos de energia;
– reduzir em 40% a intensidade energética global e
– aumentar em 30% o uso de energias renováveis em todo o mundo.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Oficinas no Cheirinho de Mato: Programa Que Bicho é esse? Que Árvore é essa? Bicho Preguiça

A maneira como nos relacionamos com o meio ambiente define a nossa qualidade de vida. Pensando nisso o Projeto Cheirinho de Mato implantou o Programa Que Bicho é esse? Que Árvore é essa? que tem como objetivo principal popularizar espécies da fauna e flora nativa. Esses animais e árvores, na sua maioria, são pouco conhecidos e os livros didáticos, via de regra, não têm o hábito de divulgá-los, dando preferência a girafa, elefante, tigres ou leões que são animais de outros países. Divulgar a fauna e flora nativa é muito importante, já que conhecendo melhor nossas espécies nativas de Sergipe, também algumas da fauna brasileira ameaçadas de extinção as pessoas terão mais consciência para protegê-las.

Foto: Prof.José Bezerra, Preguiça-de-Coleira, na  área de proteção ambiental, a APA-Petrópolis 
 Preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus)

Classe: Mammalia

Ordem: Xenarthra
Família: Bradypodidae
Nome científico: Bradypus torquatus
Nome vulgar: Preguiça-de-coleira
Categoria: Ameaçada/rara
Características: Como as demais espécies de preguiças, B. torquatus é um animal bastante especial não apenas quanto as suas características anatômicas e fisiológicas, bem como no que tange aos hábitos alimentares e outros aspectos do comportamento. Sua suscetibilidade ao estresse é muito evidente. As preguiças na natureza têm como predadoras aves de rapina de grande porte, como o uiraçu ou harpia e o gavião de penacho, felinos e algumas serpentes. Não predam nenhum animal, pois só se alimentam de folhas. Sua única defesa consiste em camuflar-se entre as folhas na copa das árvores. As preguiças urinam e defecam a cada sete ou oito dias, sempre no chão, próximo a base de sua árvore em que costumam se alimentar. Com isso há uma reciclagem dos nutrientes contidos nas folhas ingeridas pelo animal, que são parcialmente devolvidos a árvore através dos seus dejetos. Nas árvores próximas ao centro elas demoram menos tempo para fazer suas necessidades fisiológicas, talvez por se sentir protegidas, não tenha que enfrentar as dificuldades da mata.

Foto: Prof.José Bezerra, Preguiça-de-Coleira, na  área de proteção ambiental, a APA-Petrópolis 
Peso: 4,5 a 6,0 quilos
Comprimento: 70 a 90 cm
Ocorrência Geográfica: A Preguiça de Coleira (Bradypus torquatus desmarest) é endêmica da mata atlântica. Tem sido encontrada principalmente em regiões de matas remanescentes da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Categoria/Critério: Em IUCN - The World Conservation Union (Red data book), inclui a espécie como rara e ameaçada. Atualmente o principal predador das preguiças é mesmo o homem, que as caça e comercializa inescrupulosamente em feiras livres e nas margens de rodovias, a ação do homem sobre esses animais tem sido muito facilitada, nos últimos tempos, pela acelerada fragmentação e destruição das matas, o que leva as preguiças a se locomover desajeitadamente pela superfície do solo, de uma ilha de mata para outra, em busca de alimento e abrigo, ficando totalmente expostas à caça e captura.
Cientista que descreveu: Desmarest, 1816
Observações adicionais: Está extinta na maior parte de sua distribuição geográfica, e consta no livro vermelho dos mamíferos brasileiros ameaçados de extinção (Fundação Biodiversitas, 1994).

Caçar, Comercializar ou manter animais silvestres em cativeiro é CRIME.

Fonte: MMA/SINIMA

terça-feira, 3 de julho de 2012

Oficinas no Cheirinho de Mato: Plantio de Amendoim: Adubação, preparo do solo, semeadura, controle de plantas daninhas e colheita.

As atividades de jardinagem nas Oficinas com o professor José Bezerra, no Cheirinho de Mato do Arquidiocesano, ajudam na concentração, a criar um ritmo e um hábito: as crianças plantam e precisam cuidar dia-a-dia. Assim, fica mais fácil perceber que existe um processo, já que hoje quase tudo vem pronto. Esse convívio contribui para conscientizá-las sobre a importância de preservar a natureza.
Plantio de Amendoim: Adubação, preparo do solo, semeadura, controle de plantas daninhas e colheita.


ORIGEM
O amendoim é planta originária da América do Sul,
A difusão do amendoim iniciou-se pelos indígenas para as diversas regiões da América Latina, América Central e México. No século XVIII  foi introduzido na Europa. No século XIX difundiu-se do Brasil para a África e do Peru para a s Filipinas, China, Japão e Índia.


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
A importância econômica  do amendoim está relacionada ao fato das sementes possuírem sabor agradável e serem ricas em óleo (aproximadamente 50%) e proteína (22 a 30%). Além disso, contêm carboidratos, sais  minerais e vitaminas, constituindo-se num alimento altamente energético (585 calorias/100 g/sementes). O sabor agradável torna o amendoim  um produto destinado também ao consumo "in natura",como aperitivos salgados,torrados e preparado de diversas formas e na industria de doces, como grãos inteiros com diversas coberturas ou grãos moídos na forma de paçocas ou substituindo a castanha de caju em cobertura de sorvetes. Além do consumo "in natura", os grãos também podem ser utilizados para extração do óleo, empregado diretamente na alimentação humana, na indústria de conservas (enlatado) e em produtos medicinais.


CLIMA
A Cultura do amendoim se adapta desde climas equatoriais até os temperados. Para tanto é necessário uma estação quente e úmida, suficiente para permitir a vegetação da planta. A cultura é muito resistente a seca e a grande profundidade do sistema radicular permite a cultura explorar a umidade do solo, normalmente, não disponível a outras culturas anuais. Por outro lado a cultura não é indicada para regiões de estação úmida muito prolongada, que estimula o ataque de fungos e outras doenças, além de prejudicar a colheita e a qualidade do produto.


ADUBAÇÃO
Normalmente recomenda-se aplicação de fósforo e de potássio, em função dos teores revelados pela análise do solo. A adubação nitrogenada não é recomendada, pois o amendoim vale-se da fixação simbiótica de nitrogênio. Ressalta-se a importância do cálcio para o amendoim. As fontes de cálcio que podem ser utilizadas são: Calcários dolomíticos calcíticos e sulfato de cálcio (gesso).


PREPARO DO SOLO
O preparo do solo bem realizado é um requisito básico par obtenção de uma boa produtividade na cultura do amendoim. Solo mal preparado, com torrões e restos de cultura em decomposição não oferece boas condições para a germinação das sementes e emergência das plântulas dando origem a falhas na lavoura. O solo bem preparado fica com boas condições de aeração, tão necessárias nas fases de germinação e de frutificação  época na qual as trocas respiratórias das vagens em formação são muito elevadas.


SEMEADURA
Qualidade das Sementes - A semente de amendoim deve ser de pureza comprovada, bom poder germinativo (80-85%) e levada sanidade. Um fator importante que merece destaque é o vigor das sementes é observado sobre a germinação, emergência e crescimento inicial da planta. A semente de amendoim colocada a venda por empresas particulares ou pela Secretaria da Agricultura são do tipo fiscalizadas, classificadas quanto ao tamanho através de peneiras e tratadas com fungicidas.


Época de Semeadura - No Estado de São Paulo, o plantio de variedades precoces permite duas épocas de plantio:

Amendoim das águas - semeadura realizada de setembro a outubro sendo que a colheita ocorre nos meses chuvosos.

Amendoim da seca - semeadura realizada em fins de março. A colheita é realizada em meses secos.
Espaçamento, Densidade e Profundidade de Semeadura - os espaçamentos mais utilizados nas regiões tradicionais de plantio são de 50-60 cm entre linhas com 18-20 plantas por metro linear. Existem agricultores que adotam espaçamentos de linhas duplas espaçadas 30 cm entre si e 60 cm entre as linhas duplas, ou de grupos de 4 linhas espaçadas de 33 cm, com faixa de 60 cm entre os grupos de 4 linhas.Em qualquer tipo de semeadura a profundidade não deve ultrapassar 5 cm.

 

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
O controle de plantas daninhas deve ser realizado desde o início de crescimento, a partir da emergência do amendoim.










COLHEITA
A operação de colheita inicia-se com a determinação do ponto de colheita, que pode  ser feita  com base na cor interna da casca, cor da película característica da semente e ciclo da variedade. A colheita no momento adequado resulta em maior peso, melhor secagem, maior teor de óleo e maior  qualidade, sendo que estes fatores estão diretamente relacionados com a quantidade e qualidade do amendoim colhido. Da mesma forma que a antecipação da colheita diminui a produtividade e a qualidade do  amendoim. O atraso também provoca perda de vagens, germinação das sementes no interior dos frutos, facilita o ataque de pragas e aumenta os problemas com a aflatoxina.

  









  


Fontes:EMBRAPA e agrobyte.


domingo, 1 de julho de 2012

COMO MUDAR DE ATITUDE: 10 caminhos para o consumo consciente

A transição da sociedade de consumo para a sociedade do bem-estar passa pela atitude inteligente ao consumir. Para facilitar o entendimento sobre essa nova sociedade, o Instituto Akatu elaborou o “Decálogo do Consumo Consciente”, que indica o caminho para a sustentabilidade na produção e no consumo.


Viveiro de Produção de Mudas do "Cheirinho de Mato"
Está claro que o ritmo de consumo atual cresce muito além do que a Terra é capaz de oferecer. Segundo o último relatório Living Planet, da WWF (leia Humanidade precisará de 'três planetas' em 2050) a população mundial consome 50% mais recursos naturais do que o planeta renova e, se a demanda continuar aumentando como nos últimos vinte anos, em 2050 precisaríamos de três planetas para suprir esse consumo. 

Soma-se a isso o fato de que 76% de todo o consumo mundial vem de apenas 16% da população, como apontado pelo documento O Estado do Mundo, publicado pelos institutos WWI* e Akatu. Ou seja, uma minoria mais rica é responsável pela maior pressão exercida sobre os recursos naturais. Com a expansão da classe média e a retirada de pessoas da pobreza - que é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e uma grande discussão quando se fala em economia verde - aumentar a demanda colocaria em risco a sobrevivência não do planeta, mas da humanidade. 

Por conta do limite planetário, seria preciso um enorme ganho de produtividade para suprir a necessidade mundial. "Precisaríamos fazer com que cada produto passasse a ser produzido com 80% menos recursos naturais. Mas isso não vai acontecer no curto prazo. Só a mudança tecnológica não consegue dar conta. Logo, nós precisamos de uma mudança muito significativa do lado do consumo", afirma Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente*. 

Daí vem a urgência por um novo modelo de economia, em que prevalece o consumo inteligente - aquele que valoriza a compra do necessário e não do supérfluo e que é consciente do impacto ambiental que gera. E, é claro, modelos de produção mais sustentáveis. "Precisamos de uma economia bem diferente da que temos hoje, que muda o paradigma da sociedade. Eu chamaria esta de civilização do bem-estar e não do consumo", propõe Mattar. 

A partir desta reflexão o Instituto Akatu elaborou o Decálogo do Consumo Consciente. São dez indicações para a sustentabilidade na produção e no consumo, direcionadas a cidadãos, governos e indústria, para que se alcance mais equidade, justiça e bem-estar. Veja o que o Decálogo valoriza: 

1. os produtos duráveis mais do que os descartáveis ou de obsolescência acelerada; 
2. a produção e o desenvolvimento local mais do que a produção global; 
3. o uso compartilhado de produtos mais do que a posse e o uso individual; 
4. a produção, os produtos e os serviços social e ambientalmente mais sustentáveis
5. as opções virtuais mais do que as opções materiais; 
6. o não-desperdício dos alimentos e produtos, promovendo o seu aproveitamento integral e o prolongamento da sua vida útil; 
7. a satisfação pelo uso dos produtos e não pela compra em excesso; 
8. produtos e escolhas mais saudáveis
9. as emoções, as ideias e as experiências mais do que os produtos materiais, e 
10. a cooperação mais do que a competição. 

"Dizer para a classe média, recém-chegada ao mercado do consumo, que ela não pode consumir, além de idiotice, é injusto. Mas é possível dizer para essas pessoas que existe um consumo mais inteligente. É preciso informação para se consumir de outra forma e que a população seja estimulada para isso. É disso que se trata essa transformação que os dez itens propõem", finaliza Helio Mattar. 

Estas informações foram extraídas do bate-papo "Como podemos crescer dentro de uma economia de consumo consciente?" entre Helio Mattar e Lúcia Barros, diretora da revista Máxima (parceira do Planeta Sustentável), promovido no dia 23/05, na Editora Abril. 
*WWI - Worldwatch Institute  
*Instituto Akatu pelo Consumo Consciente