domingo, 24 de outubro de 2010

Educação Ambiental integrada ao cotidiano


A educação ambiental utilizada como instrumento para sensibilizar, aproximar as pessoas do meio ambiente, criar vínculos e formar cidadãos conscientes da importância da sua atuação na preservação. Esta é a metodologia posta em prática pelos alunos do Colégio Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus, no bairro de Farolândia, em Aracaju (SE). Entre várias outras atividades, os estudantes engajados através do Projeto “Cheirinho do Mato”, trabalham os conteúdos ambientais, discutidos em todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade, desenvolvem ações que busquem sensibilizar a sociedade para as questões ambientais. Nesta entrevista, o autor do projeto, o professor e educador ambiental José Bezerra, relata os resultados obtidos a partir da integração da comunidade escolar, pais, comunitários.

Escola em Ação - Onde está localizada a escola e quais as características da região?

R.: A escola está localizada em Farolândia, um bairro novo, em crescimento, e que possui igrejas, universidade, escolas, clubes sociais, supermercado, galeria, lojas, farmácias, restaurantes, bares, postos de combustível, casas e prédios. A região se expandiu em torno de um antigo farol que auxiliava as embarcações, onde recentemente foi construída a praça principal. O bairro se formou às margens do Rio Poxim, ocupando uma área de restinga e manguezal. Infelizmente, a exemplo de outros bairros de Aracaju, Farolândia também lança seus efluentes no rio, contribuindo para aumentar a poluição do Poxim que é responsável por 30% da água que abastece a cidade.

Escola em Ação - Qual a faixa etária atendida?

R.: O Arquidiocesano recebe alunos a partir do “fraldinha” (quatro meses) até o 5º ano (dez anos), sendo que grande parte os alunos mora no próprio entorno.

Escola em Ação - Como se deu o engajamento da unidade na questão ambiental?

R.: alguns anos, desenvolvia um projeto em um hotel fazenda no qual recebia alunos de várias escolas, tanto de Sergipe quanto de outros estados. Em uma dessas visitas a coordenadora da escola me convidou para desenvolver um projeto para o Arquidiocesano unidade Farolândia. Com o apoio do diretor da escola, consegui criar esse grande projeto que é hoje, o Cheirinho de Mato.

Escola em Ação – Do que se trata este projeto?

R.: A educação ambiental é o melhor instrumento para sensibilizar, aproximar as pessoas do meio ambiente, criar vínculos e formar cidadãos conscientes da importância da sua atuação na preservação do meio ambiente.

No Cheirinho de Mato trabalhamos com as duas modalidades: a educação ambiental formal, quando os conteúdos ambientais são discutidos em todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade, de forma sistemática e transversal, desenvolvida interdisciplinarmente como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis de ensino, e a educação ambiental não formal, quando desenvolvemos ações ou práticas educativas que sensibilizem a sociedade para as questões ambientais.

Portanto trabalhamos os nossos alunos no nosso laboratório durante as oficinas de educação ambiental, trabalhamos a família dos alunos, a comunidade do entorno e outras comunidades do Estado de Sergipe.

Escola em Ação - Recentemente, uma socó-boi foi encontrada caída no ginásio de esportes. Como este acontecimento serviu para a vivência ambiental dos alunos?

R.: Convoquei meus alunos do Ensino Médio para essa ação ambiental que consistiu em comunicar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o ocorrido, levar o animal ao veterinário que culminou com a soltura do mesmo em seu habitat. Os alunos acompanharam e participaram de todas as etapas.

O resgate da ave silvestre proporcionou uma prática nossa que é a defesa dos animais (silvestres e domésticos). Transmitimos e reforçamos diariamente que: caçar, comercializar ou manter animais silvestres em cativeiro é crime. Conscientizamos os nossos alunos, pais de alunos, comunidades e a população de modo geral, que é uma atrocidade manter um animal silvestre em cativeiro. denunciamos e mantemos parceria com Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Polícia Ambiental e a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) para que possamos juntos defender a nossa biodiversidade.

Escola em Ação - Foram realizadas atividades fora da escola voltadas ao meio ambiente?

R.: Sim. Tivemos o plantio de centenas de mudas nativas pelos alunos em uma área degradada de Mata Atlântica no município de Nossa Senhora do Socorro, na Floresta Nacional do Ibura (Flona). Além disso, também fizemos o plantio na Praça Jornalista Orlando Dantas, no bairro Augusto Franco, na Avenida Gasoduto no Bairro Orlando Dantas, a distribuição de mudas de árvores nativas em comemoração ao Dia da Árvore, exposição fotográfica das ações ambientais no espaço cultural da Assembléia Legislativa e a mostra de Educação Ambiental no Shopping Jardins.

Em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, a SEMARH e o Projeto Tamar, foi realizado no Parque da Sementeira durante cinco dias, palestras, oficinas, exposições fotográficas sobre a Mata Atlântica, além de exposição de réplicas de tartarugas marinhas, jogos educativos, maquetes interativas que mostram a diferença entre um território protegido pela Mata Atlântica e uma área desmatada e muitas outras atrações. Além de muitas outras ações desenvolvidas ao longo dos anos.

Escola em Ação - Como tem sido a receptividade dos alunos?

R.: Os alunos adoram as oficinas que são realizadas uma vez por semana e ficam contando os dias para chegar logo o dia do Cheirinho de Mato. Percebemos uma mudança do comportamento em relação ao meio ambiente, tanto dos nossos alunos, bem como das suas famílias, principalmente em relação aos animais silvestres e domésticos, a economia de água e energia, e o uso de ecobag [sacola ecológica].

Escola em Ação - Pais, professores, funcionários e a comunidade também participam?

R.: Todos eles são convidados para as nossas ações ambientais e sempre participam, a exemplo do plantio em área degradada da Mata Atlântica, em praças e avenidas e a construção de mini-hortas.

Escola em Ação - O senhor também desenvolve outros projetos de educação ambiental?

R.: Sim. O Projeto “Clic Trilha Ecológica”, que busca promover uma maior interação dos alunos com a natureza, tirando-os de sua rotina urbana e vivenciando a natureza de perto enquanto percorrem trilhas e fotografam a fauna e a flora da região. Há também o Projeto “Olhar Sustentável”, que através da sensibilização ambiental, oficinas práticas, busca promover uma mudança de comportamento nos alunos em escolas públicas, além de implantar a coleta seletiva na unidade, tornando-os mais responsáveis pela preservação do meio ambiente.

Escola em Ação - Como o senhor analisa o papel do Projeto Escola em Ação neste processo de integração e divulgação de atividades entre as escolas de todo o País?

R.: O Projeto Escola em Ação é um importante instrumento de difusão de boas práticas em educação ambiental, pois desperta e fomenta comunidades no sentido de buscar alternativas sustentáveis para problemas socioambientais, promovendo melhoria na qualidade de vida das comunidades.

Todos devem cuidar do Meio Ambiente


O Projeto de Educação Ambiental Cheirinho de Mato do Colégio Arquidiocesano, coordenado pelo professor de biologia e educação ambiental José Bezerra, nasceu da constante preocupação com os problemas relacionados ao meio ambiente e das reflexões diárias que fazemos com os nossos alunos sobre o aquecimento global e suas consequências, criando, assim, uma maior consciência ecológica. Muitos dos esforços são concentrados para a produção de mudas e, para isso, são realidados reflorestamento de praças, ruas, avenidas e áreas degradadas de mata atlântica, com atividades pedagógicas, ligadas a princípios de conscientização e preservação dos recursos naturais, além do incentivo a atitudes e hábitos ecologicamente corretos. Na foto, Um oitizeiro (Licania tomentosa) completamente seco, na Av. Augusto Maynard, 40, no bairro São José, surpreende os moradores e pessoas que passam no local: ‘Como uma árvore centenária, tão próxima ao rio Sergipe, é capaz de ‘morrer’?’ Infelizmente, o que se pode constatar é que, mesmo sendo bombardeados com informações sobre o aquecimento global, muitas pessoas continuam causando grandes prejuízos ao meio ambiente. Em Aracaju, por exemplo, ainda é comum o desrespeito ao meio ambiente, seja por pessoa comum ou por empresa e a principal causa disso é a péssima relação que essas pessoas têm com as árvores. Elas são podadas de forma radical ou, então, cortadas até a base do tronco. Convém lembrar que o corte de árvores ou poda em área urbana somente deve ser feito, mediante autorização do órgão competente. E dependendo da idade da árvore, da estrutura do caule, dentre outros fatores, a pessoa que cortar uma árvore será obrigada a plantar uma ou mais árvores no mesmo local, além de pagar uma multa alta. Se a árvore for imune ao corte, a situação do infrator fica ainda mais complicada.

Portanto, qualquer pessoa que cortar uma árvore na cidade, sem autorização, deve ser Imediatamente denunciada, para que exemplos como esse abaixo possam ser evitados.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lamentável! Corte de árvores centenárias no Atheneuzinho



A obra do prédio do Atheneuzinho - que passará a abrigar o Centro Cultural do Banese -, está em pleno andamento. Processos como a reforma na parte estrutural e de restauração da arquitetura – datada de 1926 – estão quase concluídos. Mas um detalhe chamou atenção do biólogo José Bezerra. A atenção destinada ao prédio não foram destinada às árvores de seu entorno.

“Se existe a preservação cultural, deveria também ter a ambiental. São árvores centenárias em frente ao Atheneuzinho que estão sendo cortadas sem justificativa. Porque cortar? Só porque alguém acha feio a árvore na frente do prédio?”, argumenta o professor.

De acordo com o Diretor de programas e projetos do Instituto Banese, Ézio Déda, o corte das árvores tem licença ambiental e foi estudado no início do projeto. “Na época que o prédio foi construído as árvores eram de pequeno porte, não apresentavam nenhum problema. Atualmente elas foram atingidas por cupins, que também afetaram a obra. Por isso fizemos um estudo técnico, passando primeiramente pelo Ministério Público, depois Adema, Ibama e todos os órgãos relacionados, que nos deram a licença para o corte”, revelou.

Mesmo com todas as licenças necessárias, Bezerra, que atua em diversos projetos de educação ambiental no Estado, contesta a ação. “Fico decepcionado. Hoje em dia qualquer coisa é legalizada e fica por isso mesmo. Estou em contato com ONGs e também vou acionar o Ministério Público para contestar a medida”, ressalta.

O corte das centenárias árvores – em sua predominância Oitizeiros – parece ser amenizado com um plano de paisagismo elaborado dentro do projeto de restauração e reforma do Atheneuzinho. Segundo Ézio, mudas de árvores nativas serão plantadas em uma área destinada, previamente selecionada.

Educação Ambiental é primordial


O Portal Educar-se reproduz alguns trechos da Entrevista que o Professor José Bezerra, concedeu ao Caderno Bem Estar, do Jornal da Cidade.

Ligado à área de educação ambiental há mais de 20 anos, o professor e coordenador de projetos ambientais José Bezerra nos relata um pouco da sua experiência e mostra quanto os projetos ambientais podem despertar nos jovens sentimentos para o bom uso e preservação dos recursos naturais. Em época de efeito estufa e aquecimento global, é comum a mídia explorar nos seus noticiários relatos apontando a importância da preservação e conscientização dos recursos naturais. Contudo, esses constantes apelos têm surtido pouca ou quase nenhuma diferença entre a população. E este fenômeno é explicado pelos especialistas como resultado do pouco incentivo de práticas de ensino aos jovens e crianças direcionadas ao bom uso e cuidado dos materiais de origem orgânica. Para falar um pouco mais sobre esse assunto e entender o quanto é importante cultivar, desde as mais tenras gerações, o respeito e amor pela natureza, o Bem Estar conversou com o professor e educador de projetos relacionados ao meio ambiente, José Bezerra.

Bem Estar - Como surgiu o seu interesse em desenvolver projetos ligados à área ambiental?
José Bezerra - Fui criado em fazenda, sempre fui um bicho do mato o tempo todo. Por isso, como sempre gostei de mato, animais, árvores e tudo isso, estudei mais a fundo sobre esta área e percebi que poderia manter vínculo com este meio. No Colégio Arquidiocesano, comecei a lecionar matérias como Biologia, Química e Física e, depois de ter passado no vestibular de Biologia, fui convidado para novamente dar aulas e já estou na escola há mais de 20 anos. Mas, no início, ainda não havia desenvolvido nenhum projeto ambiental concretamente, só fazia, de vez em quando, aulas diferenciais como trilhas na Serra de Itabaiana, onde tive a oportunidade de me aproximar do Ibama. Desse meu contato com a instituição, foi que surgiu a indicação do meu nome para realizar um projeto ambiental na Fazenda Boa Luz que não possuía, até então, nenhuma explicação acerca de sua fauna e flora.

BE - De que forma os projetos ambientais podem inserir valores de preservação e consciência ecolóca nas crianças?
JB - Nós sabemos que quando a gente não conhece ou não convive próximo a alguma coisa, acabamos dando pouca importância para esta coisa. Nós jamais iremos defender algo de que a gente não goste ou não conheça. Por isso, acredito que a educação ambiental é algo primordial, imperativo, extremamente necessária para a formação dos jovens. Tanto a educação ambiental formal inserida no âmbito interdisciplinar ou multidisciplinar da escola, como a educação ambiental não-formal, focada no desenvolvimento de atividades ligadas à comunidade em geral.

BE - Como eram as atividades desses projetos pedagógicos ambientais que o senhor já coordenou.
JB - No Colégio Arquidiocesano, eu vinha desenvolvendo um trabalho de educação ambiental de forma individualizada, apenas levando os alunos para fazerem as revisões do vestibular ou trilhas na Serra de Itabaiana. Havia um incentivo da escola, mas ainda era algo um pouco restrito. Só depois dos projetos desenvolvidos na Boa Luz, como o Vale dos Dinossauros e o Mundo dos Insetos e a sua repercussão tanto dentro do Estado e até nacionalmente através das reportagens do jornal O Globo e do programa da Xuxa, foi possível chamar a atenção da coordenação do colégio. Assim, eles me fizeram um convite para montar um projeto, utilizando o espaço de um terreno baldio, vizinho ao Arqui-Farolândia. Foi desta iniciativa que nasceu o Projeto Cheirinho de Mato, pioneiro no Estado no desenvolvimento de atividades ligadas à área de educação ambiental.

BE - Como foi a recepção pelas crianças?
JB - Na Boa Luz, durante o tempo em que estive por lá, recebemos mais de 12 mil alunos de escolas públicas e particulares, que agendavam visitas com a duração de um dia para uma vivência ecológica ou um acampamento ecológico durante o fim de semana. Eram diversas atividades que desenvolvíamos neste passeio, a fim de possibilitar aos alunos um contato direto com a natureza. Certa vez, o pessoal da Boa Luz me pediu que eu levasse cobras para o acampamento e, apesar de isso assustar um pouquinho, todos gostaram muito. Também no Colégio Arquidiocesano, durante as revisões do vestibular ou durante as aulas de botânica na Serra de Itabaiana, eu notava muita empolgação por parte dos alunos.

BE - Depois da implantação desses projetos no meio escolar, houve alguma melhora ou mudança de atitude das crianças quanto ao uso dos recursos naturais?

JB - Sim, com certeza. A prática, o contato com o meio ambiente e os recursos naturais transformam qualquer pessoa, inclusive os jovens que ainda estão em processo de formação da personalidade e do seu caráter.

BE - Depois que o Arqui recebeu o prêmio sócio-ambiental brasileiro, houve uma maior procura das instituições de ensino privadas para a inserçãode projetos ligados à educação ambiental?
JB - Com relação à implantação de projetos fixos e contínuos, ainda é pouca a procura das escolas particulares por este tipo de atividade. De vez em quando, sou convidado por uma instituição a participar de palestras e discussões sobre assuntos ligados ao meio ambiente, mas nada muito além disso. Sinto um interesse maior, com relação a estes projetos, por parte das escolas públicas tanto da capital quanto do interior do Estado.

BE - Há incentivo das autoridades governamentais para o desenvolvimento de projetos ligados ao meio ambiente nas escolas públicas?

JB - Ainda é tímido o incentivo. Na verdade, muito do meu trabalho e de outras pessoas engajadas também neste meio é mobilizar pessoas da área política e empresarial para desenvolverem leis, a partir das necessidades que enfrentamos na prática durante a nossa luta de preservação da natureza.

BE - Atualmente, que projetos ecológicos o senhor está coordenando?

JB - Continuo coordenando o projeto Cheirinho do Mato, que possui um laboratório ao ar livre, com 6.300 m² e composto por um moinho de vento, uma horta com oito canteiros, uma farmácia viva de plantas medicinais de diversas espécies, um minhocário (cultivo de minhocas), uma oficina de reciclagem que trabalha com plástico e metal, uma fazendinha com coelhos, patos, marrecos, pavão e até animais silvestres como jabutis, que recebemos através de doação, mediante autorização do Ibama. Além disso, coordeno o Projeto de Educação Ambiental Yázigi, do Yázigi Internexus, onde firmamos parceria com a WWF e juntos vamos desenvolver a Campanha de Cidadania Terra Viva.


Fonte - JC/Bem Estar

Projeto "Que bicho é esse? Que árvore é essa?"

A maneira como nos relacionamos com o meio ambiente define a nossa qualidade de vida. Pensando nisso, o Projeto Cheirinho de Mato implantou o Programa “Que bicho é esse? Que árvore é essa?”, que tem como objetivo principal popularizar espécies da fauna e flora nativas. Esses animais e árvores, na sua maioria, são pouco conhecidos e os livros didáticos, via de regra, não têm o hábito de divulgá-los, dando preferência à girafa, ao elefante, aos tigres ou leões que são animais de outros países. Divulgar a fauna e a flora nativa é muito importante, já que conhecendo melhor nossas espécies nativas de Sergipe e também algumas da fauna brasileira ameaçadas de extinção, as pessoas terão mais consciência para protegê-las. O programa está dividido em três etapas:
- Escolha a nossa mascote: os alunos, os pais e a comunidade poderão acessar o site do Colégio, conhecer o Macaco Guigó, o Ouriço Preto, a Preguiça de Coleira e o Tamanduá Mirim, e votar em um animal da fauna sergipana elegendo um deles para ser a mascote do Projeto.
- O bicho e a árvore do mês: através de informativos mensais e cartazes os alunos e a comunidade poderão conhecer mais sobre os animais e as plantas espécies nativas do estado e também da fauna brasileira, principalmente os ameaçados de extinção, tornando popular o conhecimento científico, além de estimular o interesse de professores, alunos, pais e comunidade pelos temas da biodiversidade.
- Nossos biomas: durante as oficinas com eco quadros os alunos vão conhecer mais sobre a Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Pampa, Costeiro e Amazônia. Aprender sobre as pressões provocadas pelo crescimento urbano, pelas queimadas, pela extração ilegal de madeira, além de outras ameaças, como o tráfico e comércio ilegal de animais e plantas nativas, além das formas de evitar a degradação ambiental e sua importância para a manutenção da vida.
A Educação Ambiental no Projeto Cheirinho de Mato, além de tratar de assuntos relacionados à proteção e uso racional dos recursos naturais como o solo, o ar, a água, a flora e a fauna, ensina princípios e práticas que possibilitam a construção de um mundo sustentável, fazendo com que cada vez mais pessoas conheçam essas espécies e os
riscos que elas correm e se disponham a tomar atitudes cotidianas para proteger nossas plantas e animais. Seu idealizador, José Bezerra, foi aluno do Colégio Arquidiocesano onde é professor há mais de 20 anos e desenvolve sua trajetória profissional estreitamente vinculada à proteção da natureza.

José Bezerra é indicado para o Prêmio Betinho

Aproximar crianças e jovens ao meio ambiente. Foi por trabalhos desenvolvidos com este objetivo que o professor de biologia e educador ambiental José Bezerra Neto, foi indicado pelo Comitê de Entidade no Combate à Fome e pela Vida (COEP), para receber o 'Prêmio Betinho 2010'. Com projetos voltados para a conscientização e preservação da natureza em escolas e associações, o professor sente, agora, o reconhecimento do trabalho.
Professor Bezerra, como é conhecido, desenvolve há mais de 20 anos ações construtivas na tentativa de familiarizar crianças e adolescentes para a importância de conhecer áreas preservadas. “Percebendo que há uma menor quantidade de mata atlântica, rios com assoreamento, as constantes agressões a natureza, resolvi entrar na luta para reverter isto”, conta.
Segundo ele, a convivência dos jovens com o meio ambiente é um ponto fundamental para seja reconhecido o verdadeiro valor da natureza. “Quando a serra de Itabaiana pega fogo, por exemplo, as pessoas mais idosas logo se prontificam a ajudar. Os jovens nem tanto. Isso acontece porque estes jovens não conhecem o espaço e sua contribuição na rotina deles”, explica. Constatando isto, o surgimento dos projetos foi inevitável. “Criei um projeto de educação ambiental, o 'Clique Trilha Ecológica', onde os alunos fazem trilha no Parque Nacional da Serra de Itabaiana, na Serra da Miaba, no Ibura, por exemplo. Com isso, elas vão conhecendo profundamente essas regiões”, destaca. Neste projeto, os alunos fotografam a fauna, flora e paisagens das regiões naturais. “Posteriomente, fazemos uma sensibilização por meio de uma exposição fotográfica à sociedade. É uma ação que abrange os alunos que participam da trilha, permitindo uma espécie de sensibilização ambiental”, acrescenta Bezerra.
Lixo
A despoluição dos rios também integra os trabalhos realizados pelo professor. “Saímos de barco pelo Rio Sergipe e paramos nas margens e ilhas recolhendo o lixo encontrado. A gente faz isso ao longo de todo ano. Precisamos tomar medidas para a diminuição do lixo produzido e jogado na natureza”, afirma.
Segundo Bezerra, todo o trabalho que é feito tende a incentivar os jovens de modo divertido e com muita criatividade para o reconhecimento e preservação do meio ambiente. “Na coleta seletiva, por exemplo, construímos as lixeiras com monitores de computador. Eles ficam muito animados por estarem aprendendo a reutilizar os materiais que vão para o lixo”, diz.
Além destes, o professor vem desenvolvendo outros projetos paralelos, como a horta orgânica, farmácia viva, minhocário, arrecadação de alimentos para instituições carentes, sempre envolvendo crianças de escolas particulares, e especificamente de instituições públicas. “Sempre fui inquieto. Tirar o aluno para fora da sala de aula com meus e praticar estas ações é muito interessante e recompensador.

Prêmio Betinho
Lançado pelo COEP em 2008, o 'Prêmio Betinho - Atitude Cidadã' visa a valorização das pessoas engajadas diariamente na luta contra a fome e a promoção da cidadania. Para Bezerra, o prêmio veio como um reconhecimento de um trabalho desenvolvido com muitos esforços. “Contribuir nas mudanças de hábito e ver que isso tem permitido que os jovens se tornem multiplicadores de ações a favor do meio ambiente é um honra”.

Link para votar: http://www.coepbrasil.org.br/premiobetinho/

O Arqui e as Expedições Ecológicas


A primeira atividade, logo na chegada ao Parque Nacional Serra de Itabaiana, é receber um saco para coletar lixo encontrado, ouvir importantes recomendações de como proceder para evitar acidentes, o convite para entrar em contato direto com o ambiente e realizar uma caracterização ambiental por percepção. Ao longo do trajeto, atravessam pontes, riachos, troncos caídos, encontram: paredões, grutas, nascentes de rios importantes e participam de dinâmicas em que fazem sentir a importância da água para a vida. A visita ao Parque dos Falcões serviu para mostrar aos alunos do Arqui o trabalho realizado com as aves de rapina e a importância de cada um no ecossistema.
As trilhas são feitas interagindo ao máximo com a natureza, parando bem próximo às árvores observando bromélias, orquídeas e as relações ecológicas, nos riachos e no poço das moças a importância da mata ciliar e as características dos ecossistemas. Aprender uma disciplina ao ar livre é realmente inesquecível, além de muito eficaz. Essas atividades proporcionam aos estudantes do ensino médio aprender in loco o funcionamento de um ecossistema e reconhecer a importância da preservação do meio ambiente.
À frente das expedições está o professor e ambientalista José Bezerra(foto), coordenador de Educação Ambiental do colégio. As expedições fazem parte do projeto de educação ambiental do Arqui, o Cheirinho de Mato. Participaram também da expedição a Professora de Biologia Reinalda Alves e o design Marcos Fraga

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


Nos dias 20 e 22 de abril, os alunos do Ensino Fundamental do Arqui Farolândia, acompanhados pela Coordenadora Neuza, pelo Educador Ambiental José Bezerra e por seus respectivos professores, visitaram a exposição “Um olhar sobre a caatinga”, que foi realizada no Shopping Jardins até o último dia 25. Este foi um evento alusivo ao Dia Nacional da Caatinga, comemorado em 28 de abril. A exposição retratou a beleza cênica da região sertaneja, que sai do característico tom acinzentado da vegetação e mostra-se exuberante, reproduzindo os encantos da biodiversidade local.

Durante a visita os estudantes tiveram aula de educação ambiental com o professor José Bezerra, com objetivo de conscientizar os alunos em relação à preservação da Caatinga, pois metade do território sergipano é coberto por esse tipo de vegetação e sua ocorrência é tipicamente brasileira.

Os alunos, professores e coordenadores do Colégio Arquidiocesano Farolândia, além de acompanharem a exposição já estão também idealizando os trabalhos que irão apresentar na IV Olimpíada Ambiental, que este ano tratará da biodiversidade sergipana, e da Campanha de Cidadania Terra Viva do Projeto de Educação Ambiental do Yázigi. De acordo com o professor Bezerra, essas atividades são essenciais para que os nossos alunos tenham a compreensão da importância do bioma e da sua preservação.

Reduza, Reuse e Recicle


Comece a observar tudo o que acontece ao seu redor: você vai ver que nem sempre o que é considerado 'lixo' por uma pessoa é também inútil a outra. Em Aracaju, como em outros grandes centros urbanos, a maior parte do que é jogado no lixo poderia ser reaproveitada. Dados estatísticos indicam que cada pessoa pode chegar a produzir até mais de 1 kg de lixo por dia e que 95% da massa total dos resíduos urbanos têm um potencial significativo de aproveitamento, o que nos leva à conclusão de que apenas 5% do lixo urbano é, realmente, lixo.

Com o programa REDUZA, REUSE e RECICLE, você também pode diminuir o volume de lixo em sua casa, na sua rua e no seu trabalho. Esta é a proposta do Projeto Cheirinho de Mato, do Colégio Arquidiocesano, idealizado e coordenado pelo Prof. José Bezerra, que há 4 anos vem ensinando crianças a partir de três anos de idade a separar os resíduos, tais como papel, plástico, vidro e metal, para que possam ser reaproveitados na escola.

Para tanto, velhos monitores de computador podem virar lixeiras de coleta seletiva, ninho para galinhas, vaso para plantas, caixa de transporte de animais ou, ainda, casinhas para coelhos, gatos ou cachorros; capacetes quebrados, botas velhas e furadas podem virar jarros de plantas, assim como pneus velhos e vasilhames de água mineral quebrados. Além disso, garrafas PET podem se transformar em jardineiras e lâmpadas incandescentes em mini-jardins.Enfim, para o educador ambiental Bezerra, nada é lixo, tudo pode ser reaproveitado, basta ter imaginação. "Durante as oficinas de educação ambiental, nós incentivamos nas crianças hábitos e condutas de consumo ecologicamente corretos, tais como, levar sacolas tipo eco bag na hora das compras, não comprar produtos com muita embalagem, evitar impressões de papel desnecessárias, escolher papéis reciclados, comprar bebidas em garrafas recicláveis, usar lâmpadas de baixo consumo e, principalmente, cobrar dos pais essas normas de boa convivência com o planeta. Mudamos os pais através dos filhos", afirma o educador ambiental.

No projeto, os alunos são conscientizados acerca dos problemas que envolvem o meio ambiente e aprendem, durante as oficinas, a economizar água, energia, fazer coleta seletiva do lixo, plantar árvores, respeitar os seres vivos, denunciar as empresas que poluem o meio ambiente, além de cobrar dos governantes o cumprimento das leis que protegem a natureza. Tudo isso ajuda a promover uma mudança de comportamento, ao fazer com que o aluno perceba a sua integração com o meio ambiente e a responsabilidade que possui na sua conservação. Por ser a reciclagem de vital importância para a natureza, é preciso aprender a reciclar os resíduos, a respeitar o meio ambiente e a preservar a nossa biodiversidade, pois cuidar do meio-ambiente é tarefa de todos.

Aula Viva de Educação Ambiental





Na última sexta-feira pela manhã, alguns alunos do Colégio Arquidiocesano acabaram vivenciando uma experiência inusitada, depois que uma socó-boi foi encontrada caída no ginásio de esportes. Assim que foi encontrada, a ave foi levada até o prof. Bezerra, que estava dando aula a uma turma de alunos do 1º ano do Ensino Médio. Com a sua prática, o professor observou o animal e viu que ele estava bem, apenas um pouco tonto e transformou o pequeno incidente numa verdadeira aula viva de educação ambiental, principal objetivo a que se propõe o Projeto Cheirinho de Mato, idealizado e coordenado por ele há 5 anos.

Depois de ensinar que uma socó-boi vive nos galhos das árvores das margens dos rios e se alimenta de pequenos insetos, moluscos e peixes, o professor Bezerra também fez questão de ressaltar que, se a origem daquele animal fosse o tráfico, o normal seria reabilitá-lo. Mas como se tratava apenas de um animal que tinha se perdido, a recomendação era devolvê-lo ao seu habitat natural. Entusiasmados, os alunos acompanharam o professor até as margens do rio Poxim, próximo ao Parque dos Cajueiros e, juntos, realizaram a soltura do animal.

Ações ambientais ultrapassam muros da escola



Fazendinha, minhocário, viveiro, borboletário, horta orgânica, oficinas de reciclagem. Estas são apenas algumas das atividades desenvolvidas pelo projeto de educação ambiental “Cheirinho de Mato”. Em quase sete mil metros quadrados que se integram ao espaço da escola, crianças, jovens e adultos têm contato direto com a natureza e tomam consciência da importância de cuidar do meio ambiente em que vivem.
“Durante as oficinas, incentivamos hábitos e condutas de consumo ecologicamente corretos, como por exemplo: levar sacolas tipo eco bag, quando forem fazer compras com a família, pedir aos pais para não comprar produtos com muita embalagem, evitar gastos desnecessários de papel, escolher papéis
reciclados, usar lâmpadas de baixo consumo em casa e cobrar dos pais essas normas de boa convivência com o planeta”, afirma o educador ambiental e autor do projeto, José Bezerra.

Os alunos participam ainda de aulas de campo, oficinas, preparam mudas de árvores nativas para ações de arborização e reflorestamento, recolhem lixo de praias e rios, fazem trilhas e outras atividades que lhes permitem aplicar e multiplicar o conhecimento adquirido sobre a importância de se preservar a natureza.
O coordenador do projeto, o professor de Educação Ambiental José Bezerra, foi aluno do colégio e tem sua trajetória profissional vinculada à proteção da natureza. De acordo com ele, a educação ambiental no colégio é abordada de maneira sistemática e transversal, nos diversos níveis de ensino e as atividades são desenvolvidas durante o ano inteiro, integrando os alunos e obtendo reflexos também em suas residências.

A Horta do SAME e a sustentabilidade


Aconteceu no SAME - Lar de Idosos Nossa Senhora da Conceição, no bairro Industrial, uma reunião com os associados do COEP - Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida, contando com a participação das suas associadas, através de seus representantes técnicos (Banese, Instituto Banese, Colégio Arquidiocesano/Projeto Cheirinho do Mato, Yázigi Internexus/Projeto Ambiental Yázigi, Embrapa, Codevasf, Dataprev e Serpro/UFS), para apresentação, avaliação e planejamento da gestão das atividades da sua Horta Comunitária, na busca da sua sustentabilidade e ampliação de parcerias.

O SAME é uma instituição não governamental da Arquidiocese de Aracaju, foi fundado em 12 de agosto de 1949 pelo bispo Dom Fernando Gomes. Na ocasião, fora criado para atender mendigos de Aracaju que eram levados para pernoitar. Inicialmente, funcionou em um pavilhão do 28º BC, quando ainda era no centro da capital, onde está o antigo Hotel Palace. Em 1954, passou para a rua Simão Dias e três anos depois para o bairro Industrial, onde funciona até hoje.

As visitas ao SAME são muito bem-vidas, pois a maioria dos 52 internos não tem família e um visitante que chega é bastante esperado. Quanto às doações, a necessidade maior do momento é de fraldas geriátricas e leite em pó. As doações em dinheiro podem ser depositadas nas seguintes contas: Banco do Brasil, agência 0017-5 C/C.: 4786-6; CEF agência 2382 C/C 232-0 e Banese, agência 028 C/C 100.198-0. A instituição está localizada na Rua Thales Ferraz, 261, no bairro Industrial. O telefone é 3215-5120.

Arqui: Cidadania e Meio Ambiente





A educação ambiental é, sem dúvida alguma, a melhor forma de se conscientizar as pessoas quanto à importância de se preservar o meio ambiente. Outro fator importante é a existência em nosso país, de uma legislação de defesa do meio ambiente.
No estado de Sergipe, a educação ambiental tem se destacado pela realização de ações promovidas pelas escolas, a exemplo do colégio Arquidiocesano, pioneiro no desenvolvimento do tema junto aos alunos no estado. Com uma abordagem inovadora e participativa, o professor José Bezerra, um dos entusiastas da Educação Ambiental, autor do projeto cheirinho de mato, vem promovendo uma importante integração entre crianças, jovens, adultos e o meio ambiente, formando multiplicadores da conservação da natureza.
O projeto busca sensibilizar, mudar a concepção e o comportamento das pessoas em relação ao meio ambiente. A Educação Ambiental é um instrumento eficaz de interação entre a sociedade e a natureza. É o caminho para que cada indivíduo mude de hábitos e assuma novas atitudes que leve à diminuição da degradação ambiental”, afirma José Bezerra. Há vários anos o professor José Bezerra promove através do projeto de educação ambiental Cheirinho de Mato, do Colégio Arquidiocesano, oficinas para alunos de escolas particulares, públicas e universidades, aulas de campo com arborização de praças e avenidas, reflorestamento da mata atlântica, trilhas na serra de Itabaiana além de também incentivar a participação desses jovens em atividades e manifestações em defesa da natureza. O projeto Cheirinho de Mato também faz parcerias com instituições as quais são beneficiadas com ações que as levam à sustentabilidade através da troca de alimentos e rações para animais por ecobag, materiais recicláveis, como: papel, plástico, metal e vidro fornecidos pelos alunos do Colégio.