terça-feira, 14 de setembro de 2010

Alunos de escola municipal conhecem Projeto Cheirinho do Mato


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Comunidade escolar da Emei Berenice Campos visita o colégio Arquidiocesano (Fotos: Walter Martins)



Na manhã do último sábado, 14, cerca de 50 pessoas, entre coordenadores, pais, alunos, professores e funcionários da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Berenice Campos, visitaram o colégio Arquidiocesano, unidade Farolândia. A visita partiu de um convite do professor de educação ambiental José Bezerra, que queria apresentar e ampliar as ações do projeto 'Cheirinho do Mato', desenvolvido pelo Arqui há quatro anos. As crianças da Emei tiveram um dia de aprendizado e diversão, com direito à aula sobre reciclagem e reutilização do lixo, ensinamentos sobre fauna e flora e até merenda especial preparada pelos próprios pais com alimentos naturais ou reaproveitados.

O projeto ‘Cheirinho do Mato' tem a proposta de integrar crianças, jovens e adultos e conscientiza-los sobre a necessidade de mudar determinadas posturas diante do meio ambiente. O trabalho atinge, também, universidades, escolas públicas e particulares, através de aulas de campo, reflorestamento da Mata Atlântica, trilhas e oficinas. De acordo com o professor José Bezerra, o projeto estende-se para os jovens com o ‘Click Trilha Ecológica', que consiste em visitas à Serra de Itabaiana, tendo como objetivo fotografá-la e realizar um estudo sobre preservação ambiental no local.

"Esse projeto pode e vai ser implantado na Escola Berenice Campos. Visitei a unidade escolar e percebi que lá há uma preocupação com o meio ambiente. É por isso que iremos fazer uma farmácia viva em pneus com o auxílio das crianças. Lá plantaremos ervas medicinais e procuraremos pelo menos uma vez por mês realizar oficinas com a comunidade escolar", explica o professor José Bezerra. Ele salienta que essa é a primeira parte da ação e que outras serão desenvolvidas na escola municipal, como a implementação da alimentação alternativa.

A coordenadora geral da Emei, Erilene Correia, conta que a escola também tem um projeto de educação ambiental, chamado ‘Escola e Comunidade: Cuidando do Meio Ambiente'. Ela explica que em cada sala há coletores para lixo orgânico e inorgânico, e que procura ensinar e praticar a política dos 3R's com seus alunos. "Não basta reciclar, temos que reduzir e reutilizar materiais e só então partir para a fase de reciclagem", destaca.

Visita

Na visita, o público foi apresentado a maneiras curiosas de reutilização e reciclagem. Uma bota velha, por exemplo, virou um jarro, monitores de computador viraram lixeiras coloridas de coleta seletiva e ninhos para galinhas. Além disso, alimentos como cascas de frutas passaram a ser doces, após cozimento. Cada criança pôde levar para casa uma muda da planta Flamboyant, oferecida pelo professor Bezerra.

"Essa prática deve ser incentivada desde cedo, por isso fiz questão que cada um levasse uma muda para praticar o verde em casa", explica Bezerra. De acordo com o educador, a Flamboyant é uma das plantas mais ornamentais que existe, pois é de grande porte e possui uma floração vistosa, atingindo 15 metros de altura.

"Foi uma manhã dedicada ao meio ambiente, em que fiz questão de debater com eles e também mostrar nossa farmácia viva, o minhocário e como eles podem fazer um em casa, nosso zoológico, além de todo material que era lixo e, ao ser reciclado, tornou-se um novo produto com nova função. A ideia é esta: trazer a natureza para mais perto das crianças", explica Bezerra.

Banese

O Banco do Estado de Sergipe (Banese) também esteve presente, através da coordenadora de ações de responsabilidade do banco e secretária estadual do Comitê de Entidade no Combate à Fome e pela Vida (COEP), Telma Oliva. "Hoje estou aqui como representante do COEP, orientando as crianças e auxiliando o professor Bezerra", conta Telma.

Ela explica que a relação com a Emei Berenice Campos surgiu a partir do dia em que as coordenadoras Erilene Correia e Leda Maria da Cruz foram até o Banese pedir uma cesta feita com material reciclado para a escola. "Doamos a cesta e com tudo que elas me falaram e o que eu pude perceber, passei a me interessar pelo projeto desempenhado pela unidade escolar".

Telma Oliva ressalta que o Banese é engajado no que se refere às práticas ambientalmente responsáveis e apóia projetos de cunho ecológico, além de realizar campanhas que promovam o uso consciente dos recursos naturais.

Farmácia Viva

Após a visitação, a coordenadora pedagógica Leda Maria da Cruz garantiu que a alimentação alternativa e a farmácia viva serão praticadas na Emei. A farmácia será feita com ervas medicinais e serão plantadas em pneus com a ajuda das crianças. "Contamos com o apoio da Fundação Municipal do Trabalho [Fundat], que disponibilizou uma parte de seu terreno para que plantemos essas ervas lá", conta Leda.

Durante o encontro, as mães foram para cozinha do colégio e aprenderam sobre a chamada alimentação alternativa. Entre as lições levadas para casa estavam os doces com casca de frutas, a fanta natural e o mingau de macaxeira. Para a dona de casa, Josimara Pereira de Jesus, mãe da aluna Carolaine de Jesus, esta foi uma ótima oportunidade de integração com a Emei Berenice Campos.

Ela conta que a melhor parte da visita foi aprender, junto com as outras mães, práticas de alimentação saudável, preparando o lanche das crianças com alimentos reutilizados. "É gratificante ver que na escola em que minha filha estuda,há uma preocupação com o meio ambiente". Questionada se irá praticar a alimentação alternativa em sua casa, Josimara responde: "Minha família é do interior, logo dá valor ao que vem da terra. Minha filha gosta de frutas porque a incentivo comer desde pequena. Irei fazer em minha casa tudo que aprendi, principalmente a fanta natural e o mingau de macaxeira", garante.

Fonte: site da Prefeitura de Aracaju



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Votação para o prêmio Betinho 2010- Atitude Cidadã

Recado do professor José Bezerra sobre a votação do prêmio Betinho 2010


"Queridos alunos:

O Prêmio Betinho – Atitude Cidadã, lançado pelo COEP em 2008, busca valorizar as pessoas que trabalham ativamente na luta contra a fome e na promoção da cidadania.

Em cada município, a rede COEP indica 3 pessoas que dedicam sua vida ao trabalho em comunidade e o candidato mais votado receberá o Prêmio Betinho – Atitude Cidadã, que nada mais é que um reconhecimento justo pelo trabalho desenvolvido.

Como este ano um dos indicados de Aracaju foi o nosso querido professor de Educação Ambiental, José Bezerra Neto, graças a seus inúmeros projetos em prol da comunidade, tais como despoluição de rios e margens, coleta seletiva, além das várias campanhas de arrecadação de alimentos e de ração para cães e gatos, gostaríamos de contar com o seu apoio para que ele consiga receber esse prêmio sério e tão merecido.

Basta entrar no site http://www.coepbrasil.org.br/premiobetinho/ e dar o seu voto.

Lembramos que este não é um voto político e não haverá nenhuma distribuição de recursos financeiros."



Professor de Aracaju é indicado para receber Prêmio Betinho 2010




Professor Bezerra se sente honrado pelo reconhecimento (Foto: Portal Infonet)
Aproximar crianças e jovens ao meio ambiente. Foi por trabalhos desenvolvidos com este objetivo que o professor de biologia e educador ambiental José Bezerra Neto, foi indicado pelo Comitê de Entidade no Combate à Fome e pela Vida (COEP), para receber o 'Prêmio Betinho 2010'. Com projetos voltados para a conscientização e preservação da natureza em escolas e associações, o professor sente, agora, o reconhecimento do trabalho.

Professor Bezerra, como é conhecido, desenvolve há mais de 20 anos ações construtivas na tentativa de familiarizar crianças e adolescentes para a importância de conhecer áreas preservadas. “Percebendo que há uma menor quantidade de mata atlântica, rios com assoreamento, as constantes agressões a natureza, resolvi entrar na luta para reverter isto”, conta.

Projeto Cheirinho do Mato (Foto: Arquivo Portal Infonet)
Segundo ele, a convivência dos jovens com o meio ambiente é um ponto fundamental para seja reconhecido o verdadeiro valor da natureza. “Quando a serra de Itabaiana pega fogo, por exemplo, as pessoas mais idosas logo se prontificam a ajudar. Os jovens nem tanto. Isso acontece porque estes jovens não conhecem o espaço e sua contribuição na rotina deles”, explica.

Constatando isto, o surgimento dos projetos foi inevitável. “Criei um projeto de educação ambiental, o 'Clique Trilha Ecológica', onde os alunos fazem trilha no Parque Nacional da Serra de Itabaiana, na Serra da Miaba, no Ibura, por exemplo. Com isso, elas vão conhecendo profundamente essas regiões”, destaca.

Neste projeto, os alunos fotografam a fauna, flora e paisagens das regiões naturais. “Posteriomente, fazemos uma sensibilização por meio de uma exposição fotográfica à sociedade. É uma ação que abrange os alunos que participam da trilha, permitindo uma espécie de sensibilização ambiental”, acrescenta Bezerra.

Lixo

A despoluição dos rios também integra os trabalhos realizados pelo professor. “Saímos de barco pelo Rio Sergipe e paramos nas margens e ilhas recolhendo o lixo encontrado. A gente faz isso ao longo de todo ano. Precisamos tomar medidas para a diminuição do lixo produzido e jogado na natureza”, afirma.

Segundo Bezerra, todo o trabalho que é feito tende a incentivar os jovens de modo divertido e com muita criatividade para o reconhecimento e preservação do meio ambiente. “Na coleta seletiva, por exemplo, construímos as lixeiras com monitores de computador. Eles ficam muito animados por estarem aprendendo a reutilizar os materiais que vão para o lixo”, diz.

Além destes, o professor vem desenvolvendo outros projetos paralelos, como a horta orgânica, farmácia viva, minhocário, arrecadação de alimentos para instituições carentes, sempre envolvendo crianças de escolas particulares, e especificamente de instituições públicas. “Sempre fui inquieto. Tirar o aluno para fora da sala de aula com meus e praticar estas ações é muito interessante e recompensador.

Prêmio Betinho

Lançado pelo COEP em 2008, o 'Prêmio Betinho - Atitude Cidadã' visa a valorização das pessoas engajadas diariamente na luta contra a fome e a promoção da cidadania. Para Bezerra, o prêmio veio como um reconhecimento de um trabalho desenvolvido com muitos esforços. “Contribuir nas mudanças de hábito e ver que isso tem permitido que os jovens se tornem multiplicadores de ações a favor do meio ambiente é um honra”, conclui.
Fonte: site Infonet